Em certas situações, as pessoas gostariam de ser uma mosca na parede – mas talvez não uma parede intestinal dentro do sistema digestivo de um homem.
Mas foi exatamente aí que um infortunado inseto se encontrou.
A descoberta bizarra veio à tona quando um paciente de 63 anos foi fazer um exame de rotina do cólon no Missouri.
A colonoscopia parecia estar indo conforme o planejado até que os médicos alcançaram o cólon transverso do intestino grosso e se depararam com uma mosca totalmente intacta.
O homem ficou perplexo e não tinha ideia de como o inseto entrou em seu corpo.
Ele disse aos médicos que só havia consumido líquidos claros antes do procedimento e, dois dias antes, havia comido pizza e alface – mas não conseguia se lembrar de ter visto uma mosca em nenhum dos alimentos que comeu. Ele não apresentava sintomas que sugerissem que a havia ingerido.
A mosca não se movia quando foi cutucada pelos médicos, que ficaram igualmente surpresos ao encontrá-la totalmente intacta dentro do cólon.
As descobertas, publicadas no American Journal of Gastroenterology, representaram um “achado de colonoscopia muito raro e um mistério sobre como a mosca intacta chegou ao cólon transverso”.
Houve outros casos raros no passado em que os insetos permaneceram intactos durante toda a sua jornada até o sistema digestivo, revelou o jornal. Em alguns incidentes, moscas e larvas invadiram um ser humano e infestaram os intestinos, o que é conhecido como miíase intestinal.
Os insetos podem depositar ovos nos alimentos, que são então consumidos por um ser humano e, em casos raros, sobreviver ao ácido estomacal e ao ambiente gastrointestinal, de acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina.
Em alguns casos em que foram encontradas larvas nas fezes de alguns pacientes, estes apresentaram diarreia, dor abdominal, náuseas e vômitos.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças não rastreiam casos de miíase intestinal, mas registram um caso específico em 1984, quando uma criança de um ano apresentou “vermes móveis” nas fezes depois de ter sido alimentada com bananas muito maduras.
Os médicos da época não prescreveram nenhum medicamento, mas disseram aos pais para cobrirem as frutas das moscas. Os “vermes em movimento” então pararam de aparecer.