Avanço da IA poderia revolucionar o mundo das baterias, afirma a Microsoft.
A empresa utilizou sistemas de IA para analisar mais de 32 milhões de candidatos a baterias e, com base nisso, criou um novo material que promete transformar o funcionamento das baterias.
O novo tipo de bateria poderá reduzir em até 70% a necessidade de lítio, diminuindo a dependência em um metal caro e eticamente problemático. A Microsoft também alega que este avanço representa um marco para a IA, mostrando como a tecnologia pode ser utilizada para alcançar avanços reais e transformadores de forma muito mais rápida do que antes.
No ano passado, a Microsoft lançou o Azure Quantum Elements, um novo sistema construído para utilizar IA e outras tecnologias avançadas em descobertas científicas. Este sistema já foi utilizado por empresas e pesquisadores farmacêuticos para testar materiais em potencial.
A Microsoft afirma que a tecnologia consegue identificar novos materiais que podem ser sintetizados e úteis, e escolheu as baterias porque seriam úteis no dia a dia das pessoas, segundo a empresa.
O desenvolvimento de novas baterias é um desafio global extremamente importante, disse Brian Abrahamson, diretor digital do PNNL, em comunicado. “Foi um processo trabalhoso. Sintetizar e testar materiais em escala humana é fundamentalmente limitante.”
A Microsoft analisou mais de 32 milhões de materiais potenciais e encontrou mais de 500 mil candidatos estáveis. Os resultados foram reportados em agosto passado, mas a empresa ressalta que esta triagem é apenas o começo de avanços científicos.
Desta vez, a Microsoft utilizou IA e trabalhou com o Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico do Departamento de Energia para identificar um material que era desconhecido e não estava presente na natureza, mostrando potencial para a fabricação eficiente de baterias.
Os cientistas do laboratório sintetizaram o material, transformando-o em um protótipo funcional que demonstrou funcionar na prática e apresenta potencial para ser uma nova forma de armazenamento de energia.
Um artigo descrevendo o trabalho, ‘Acelerando a descoberta de materiais computacionais com inteligência artificial e computação de alto desempenho em nuvem: da triagem em larga escala à validação experimental’, está publicado no arXiv.