A próxima geração de inteligência artificial vai demandar uma fonte de energia praticamente ilimitada, de acordo com o CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT.
Em uma conversa detalhada com o tecnólogo Lex Fridman, Sam Altman da OpenAI afirmou que a inteligência artificial do futuro vai requerer grandes quantidades de energia à medida que suas capacidades melhorarem e superarem a inteligência humana.
A única fonte de energia capaz de atender a essa demanda, segundo Altman, é a fusão nuclear, que simula as reações naturais que ocorrem no Sol para gerar energia.
Apesar dos avanços significativos dos últimos anos, os cientistas alertam que ainda estamos a anos de alcançar a fusão nuclear em uma escala realmente significativa.
Altman já havia mencionado que “não há como alcançar isso sem um avanço”.
Seus comentários mais recentes reforçam a ideia de que uma nova fonte de energia é essencial para suprir as “tremendas” demandas energéticas da inteligência artificial.
Altman acredita que o poder computacional será a “moeda do futuro” e se tornará o recurso mais valioso do mundo.
“A energia é a parte mais desafiadora”, disse ele.
“Construir data centers também é desafiador, a cadeia de suprimentos é desafiadora e, claro, fabricar chips em quantidade suficiente também é desafiador. Mas parece que é para lá que as coisas estão caminhando. Vamos precisar de uma quantidade de computação tão grande que é difícil de imaginar atualmente.”
Altman destacou que a fusão nuclear é fundamental para solucionar o “quebra-cabeça energético” de fornecer o poder computacional necessário para desenvolver a inteligência artificial da próxima geração.
O cofundador da OpenAI, que possui um patrimônio líquido de cerca de US$ 2 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index, investiu US$ 375 milhões em uma empresa de fusão nuclear chamada Helion Energy, sediada nos EUA.
A Helion Energy estabeleceu a meta de produzir eletricidade em larga escala utilizando tecnologia de ponta até 2028. A empresa também fechou um acordo de compra de energia de fusão nuclear com a Microsoft – o primeiro acordo desse tipo no mundo.
“Eu acredito que a Helion está fazendo um excelente trabalho”, afirmou Altman a Fridman. “Mas fico feliz em ver que há uma corrida em direção à fusão nuclear acontecendo neste momento.”