As buscas online por “cegueira” e “danos oculares” aumentaram nos EUA após o eclipse solar de segunda-feira.
O fenômeno celeste pôde ser visto em todo o país, porém as pessoas foram alertadas a tomar medidas de segurança para evitar danos permanentes aos olhos ao observá-lo.
Apesar dos avisos, as tendências de pesquisa do Google mostram que termos como ‘danos à retina’, ‘olhos doendo’, ‘não consigo ver’, ‘cego’ e ‘danos aos olhos’ tiveram um aumento nas horas após o eclipse.
O governo dos EUA emitiu alertas sobre os riscos para quem não utilizasse a proteção ocular adequada. Pessoas que usassem binóculos ou telescópios para observar a Lua passar à frente do Sol precisavam usar filtros especiais.
A Nasa afirmou que a falta disso “causaria instantaneamente lesões oculares graves”, com a agência espacial dos EUA declarando em seu site que o único momento seguro para olhar diretamente para o Sol sem óculos ou filtro seria “durante a breve fase total de um eclipse solar total, quando a Lua bloqueia completamente a face brilhante do Sol”.
As visualizações do eclipse solar foram melhores abaixo do caminho da totalidade do Sol, no nordeste, onde o céu estava claro.
Essa região também foi onde a maioria das pessoas pesquisou termos relacionados a danos oculares após o eclipse solar, de acordo com os dados do Google.
Os optometristas explicaram que existem dois principais tipos de lesões que podem ocorrer ao olhar diretamente para o Sol: queimadura na parte externa do olho, chamada ceratite solar, e danos ao tecido nervoso interno.
Ambos podem resultar em perda ou deficiência visual potencialmente irreversíveis.
Mesmo o uso de óculos específicos para eclipses não garantia total proteção aos olhos das pessoas, de acordo com alguns relatos.
Uma empresa teria enviado um e-mail aos clientes na segunda-feira alertando que seus óculos não eram seguros para ver o eclipse.
“Prezado cliente da Amazon, escrevemos para alertá-lo sobre uma possível preocupação de segurança com um produto que adquiriu na Amazon.com”, dizia o e-mail, conforme relatado pelo veículo de comunicação local WHEC em Rochester, Nova York.
O produto em questão era supostamente os ‘Óculos de Observação Solar Biniki AAS Approved 2024 – Óculos Seguros Certificados CE & ISO para Visualização Direta do Sol (6 Packs)’, que não tinha a aprovação da American Astronomical Society (AAS), apesar do rótulo do produto.”