Boulos lidera protesto na Paulista contra PL da anistia neste domingo

Boulos lidera protesto na Paulista contra PL da anistia neste domingo

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Manifestação contra o PL da Anistia: Boulos Mobiliza a Esquerda em São Paulo

Neste domingo, 30 de março de 2025, a Avenida Paulista, um dos maiores símbolos de protesto e mobilização no Brasil, será o palco de uma manifestação liderada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP). O ato visa se contrapor ao Projeto de Lei 2.858 de 2022, que prevê a anistia para condenados relacionados aos eventos de 8 de janeiro, em Brasília. A mobilização é uma resposta ao protesto realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, Rio de Janeiro, no último dia 16 de março.

O Contexto da Manifestação

O Projeto de Lei 2.858 de 2022 surge como um tema controverso, especificamente por seu propósito de anistiar aquelas pessoas condenadas por ações que culminaram nas invasões aos prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Diante deste cenário, os movimentos sociais de esquerda, incluindo o Povo Sem Medo e a Frente Popular, convocaram a população em várias capitais, a fim de reafirmar a luta pela democracia e pelos direitos humanos.

A manifestação na Avenida Paulista foi amplamente promovida por Boulos através de suas redes sociais, onde enfatizou a importância da mobilização popular para resistir a tentativas de deslegitimação do processo democrático.

A Mobilização e Suas Expectativas

A concentração do ato em São Paulo está marcada para às 14h na Praça Oswaldo Cruz, seguindo depois em direção ao antigo DOI-Codi, um símbolo da repressão durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). O ato pretende não apenas repudiar o projeto de anistia, mas também trazer à tona um debate mais amplo sobre os riscos à democracia e às liberdades civis no país.

Principais Objetivos do Ato

  1. Rejeitar o PL da Anistia: Clamar contra a anistia a condenados por atos violentos contra a democracia.
  2. Reforçar a Mobilização Democrática: Promover uma cultura de resistência em prol dos direitos civis e da democracia.
  3. Conscientização Popular: Mobilizar os cidadãos sobre a importância do engajamento nas questões políticas e sociais do Brasil.

Presença de Lideranças e Expectativas de Adesão

A liderança do PT na Câmara, representada pelo deputado Lindbergh Farias (RJ), anunciou presença no ato. No entanto, informações apontam que ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, podem não comparecer ao evento. Essa ausência se dá pelo receio de que uma baixa adesão possa afetar negativamente a imagem do governo. Este fenômeno revela a tensão entre a base governista e os movimentos sociais que desejam uma maior aproximação e engajamento do governo nas manifestações populares.

Vale ressaltar que, até agora, dos atos convocados por Jair Bolsonaro, o último, realizado em 16 de março, registrou a menor adesão em comparação a manifestações anteriores. Isso pode refletir uma mudança na dinâmica política e no engajamento popular em relação a figuras que defendem políticas passadas.

Mobilizações em Outras Capitais

Além de São Paulo, outras cidades também estão programadas para realizar manifestações simultâneas. As locais e horários são:

  1. Fortaleza (CE): Praia de Iracema, às 16h.
  2. São Luís (MA): Praça Benedito Leite, às 9h.
  3. Belo Horizonte (MG): Praça da Independência, às 9h.
  4. Belém (PA): Praça da República, às 8h30.
  5. Recife (PE): Parque Treze de Maio, às 9h.
  6. Curitiba (PR): Praça João Cândido, Largo da Ordem, às 9h30.
  7. Rio de Janeiro (RJ): Feira da Glória, às 10h30.

Conclusão

A manifestação deste domingo não é apenas uma simples reunião de protesto. Ela representa a luta contínua de segmentos da sociedade brasileira pela defesa da democracia, dos direitos humanos e pela rejeição a medidas que possam enfraquecer a pluralidade política do país. O apoio de diferentes segmentos da população, junto à presença de lideranças locais e nacionais, poderá determinar a ressonância dessa mobilização nas semanas e meses seguintes.

É fundamental que os cidadãos estejam atentos a essas questões e que se engajem nas discussões sobre o futuro político do Brasil, reafirmando a importância da participação democrática e do debate civilizado nas esferas públicas.

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