Brasil deixa o top 10 das Maiores Economias do mundo em 2025 após ser ultrapassado pela Rússia
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Brasil deixa o top 10 das maiores economias após ser ultrapassado pela Rússia, segundo projeções do FMI para 2025.
O Brasil ficou de fora da lista das dez maiores economias do mundo em 2025, segundo projeções recentes divulgadas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Os dados, compilados pela Austin Rating com base no relatório de outubro do Fundo, mostram que o país caiu da 10ª para a 11ª posição, sendo ultrapassado tanto pela Rússia quanto pelo Canadá. A mudança marca um novo capítulo na disputa global por relevância econômica e reacende o debate sobre o ritmo de crescimento do Brasil em relação às principais potências do mundo.

A atualização do FMI trouxe revisões importantes nas projeções globais. O caso mais significativo foi o da Rússia, que passou a ocupar a nona posição, impulsionada por ajustes favoráveis no câmbio, desempenho acima do esperado em setores-chave e uma reestruturação econômica interna que surpreendeu o mercado financeiro internacional. Com isso, o país superou tanto o Brasil, que antes estava em 10º lugar, quanto o Canadá, que caiu para 10º.
Brasil cai para a 11ª posição no ranking global do PIB
Com o novo cenário, o ranking atualizado do PIB nominal (em dólares) ficou assim:
- Estados Unidos
- China
- Alemanha
- Japão
- Índia
- Reino Unido
- França
- Itália
- Rússia
- Canadá
- Brasil
A posição do Brasil no ranking é impactada especialmente pelo valor do PIB calculado em dólares. Isso significa que fatores como a alta do dólar — que reduz o tamanho da economia brasileira quando convertida — e o crescimento real mais tímido acabam assumindo papel determinante na queda de posição.
Economistas destacam que, embora o Brasil continue sendo uma das maiores economias do mundo e siga relevante entre os emergentes, a perda do 10º lugar é simbólica e pode afetar a percepção internacional a respeito da competitividade do país nos próximos anos.

Por que a Rússia ultrapassou o Brasil?
A ascensão da Rússia ao top 10 chama atenção por acontecer mesmo em meio a um cenário geopolítico complexo. principalmente por conta da Guerra na Ucrânia. Especialistas apontam três grandes fatores para a subida do país no ranking:
1. Crescimento das exportações de energia
Mesmo sob sanções, Moscou manteve forte fluxo de exportações de petróleo e gás, redirecionando parte significativa desse comércio para mercados asiáticos. A demanda global por energia ajudou a sustentar as receitas do governo e fortalecer o PIB nominal.
2. Valorização do rublo
O fortalecimento da moeda russa frente ao dólar impactou diretamente o cálculo do PIB em moeda internacional, ampliando o valor final da economia.
3. Revisões do FMI
O Fundo revisou para cima as expectativas de crescimento da Rússia no último relatório, refletindo resiliência econômica e adaptações rápidas do país diante das restrições comerciais impostas após 2022.

Os desafios que levaram o Brasil para fora do top 10
A queda do Brasil está ligada a uma combinação de fatores internos e externos. Entre os principais:
Desaceleração econômica em 2025
Os dados projetados pelo FMI indicam que o crescimento brasileiro perdeu força na segunda metade do ano, influenciado por inflação resistente, juros ainda elevados e incertezas fiscais.
Alta do dólar
O fortalecimento da moeda americana frente ao real diminui o valor nominal do PIB brasileiro quando convertido para dólares, afetando diretamente a posição no ranking.
Baixo investimento
O país ainda enfrenta desafios para atrair capital privado em escala global. Questões como burocracia, volatilidade política e incertezas regulatórias continuam pesando sobre a confiança do investidor.
Divergência em relação às economias emergentes mais dinâmicas
Enquanto o Brasil avançou em ritmo moderado, países como Índia e Indonésia mantiveram crescimento acelerado. Esse movimento, somado à recuperação russa, aumentou a competição no topo do ranking.

🔮 O que esperar para os próximos anos?
Apesar da saída do top 10, analistas avaliam que o Brasil tem condições de recuperar a posição no médio prazo, desde que implemente medidas que estimulem produtividade, atração de investimentos e estabilidade macroeconômica. Alguns pontos podem influenciar a recuperação:
- Redução gradual dos juros
- Avanço de reformas estruturais
- Fortalecimento das exportações agrícolas e industriais
- Melhoria do ambiente de negócios
- Estabilidade fiscal
Outro fator importante é o comportamento do câmbio. Uma eventual desvalorização do dólar ou fortalecimento do real poderia reposicionar o país no ranking sem mudanças profundas no PIB real.
Por fim, a saída do Brasil do grupo das dez maiores economias do mundo não significa crise imediata, mas é um alerta. O movimento mostra que, enquanto outros países aceleram e ganham força no cenário internacional, o Brasil precisa avançar mais rápido para não ficar para trás. O país segue relevante globalmente, mas a disputa por protagonismo está cada vez mais acirrada e exige respostas econômicas consistentes nos próximos anos.
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