De forma unânime, STF mantém decisão sobre perda de mandato de Zambelli

De forma unânime, STF mantém decisão sobre perda de mandato de Zambelli

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STF decide por unanimidade manter a perda de mandato de Carla Zambelli, confirmando a decisão que abriu precedente e acirrou debates políticos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por unanimidade de votos, a decisão que determina a perda de mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Em julgamento nesta quinta-feira (12), os ministros ratificaram o entendimento anterior, descartando pedidos de anulação ou revisão da medida. A decisão reforça o papel da Suprema Corte no controle de irregularidades cometidas por agentes públicos e marca um momento importante no cenário político brasileiro.

O caso e o que motivou a perda de mandato

A controvérsia teve início após investigações que apontaram a atuação da parlamentar em condutas consideradas incompatíveis com o exercício do mandato. A argumentação jurídica foi baseada em infração político-administrativa, que, em última instância, justificou a perda do mandato — medida extrema prevista na legislação eleitoral e constitucional.

Zambelli buscou, desde então, reverter a decisão na Justiça, mas o julgamento no STF acabou por confirmar integralmente os fundamentos que levaram à perda do mandato, eliminando possibilidades de reanálise ou remediação da decisão por meio de recursos internos da Corte.

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Julgamento unânime no STF

Durante a sessão, todos os ministros presentes acompanharam o entendimento do relator do caso, reforçando que a medida não configurou violação de garantias constitucionais nem desrespeitou o devido processo legal.

Especialistas em direito público e constitucional interpretam o resultado como um sinal de coesão institucional no STF para zelar pelo cumprimento das normas e aplicar sanções quando necessário, independentemente da posição política do agente público envolvido.

Repercussão política imediata

A manutenção da perda de mandato provocou reações imediatas no meio político. Aliados de Zambelli criticaram a decisão, afirmando que ela representa um “precedente perigoso” e que abre margem para o uso político-partidário de instrumentos jurídicos com potencial de deslegitimar representantes eleitos.

Já opositores e especialistas favoráveis à decisão destacaram que a unanimidade no STF demonstra rigor institucional e a importância de mecanismos que garantam a responsabilidade de parlamentares perante a lei.

Contexto jurídico e político

A discussão sobre a perda de mandato no Brasil costuma envolver duplo grau de interpretação:

  1. Aspecto técnico-legal: que examina se houve efetiva infração prevista em lei capaz de justificar a sanção;
  2. Dimensão política: que pondera o impacto entre o direito eleitoral, autonomia do parlamento e a estabilidade democrática.

Em decisões anteriores, tribunais eleitorais já haviam julgado casos similares envolvendo parlamentares com base em abuso de poder, corrupção eleitoral ou conduta incompatível com o mandato. No entanto, julgamentos no STF com unanimidade em casos tão politicamente sensíveis são incomuns, o que torna a decisão ainda mais relevante.

Com o trânsito em julgado da decisão no STF, Carla Zambelli perde definitivamente o direito de exercer o mandato de deputada federal. Isso significa que seu assento na Câmara dos Deputados será ocupado por suplente, conforme determina o ordenamento eleitoral.

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A confirmação, por unanimidade, da perda de mandato de Carla Zambelli pelo STF representa um mais um marco no cenário jurídico e político do país. Além de decretar a saída definitiva da parlamentar da Câmara dos Deputados, a decisão levanta questões mais amplas sobre responsabilidade de agentes públicos, poder de controle das instituições e limites da atuação parlamentar.

A unanimidade no STF também reforça a percepção de que normas vigentes capazes de retirar mandatos estão sendo aplicadas com rigor, ainda que em meio a um ambiente político altamente polarizado, um teste importante para as instituições brasileiras.

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