Entrega em Apartamento: Entenda a Polêmica e a Solução Que Poderia Agradar Clientes e Entregadores

Clientes reclamam que entregadores não sobem para entregar pedidos em apartamentos, enquanto entregadores afirmam não ter obrigação. Veja a solução simples que poderia resolver o problema para os dois lados.

Entrega em Apartamento: Entenda a Polêmica e a Solução Que Poderia Agradar Clientes e Entregadores
Entrega em Apartamento: Entenda a Polêmica - Foto por Grab

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A discussão sobre entregadores que não sobem até o apartamento para concluir a entrega voltou a ganhar força nas redes sociais e entre clientes de aplicativos como iFood, Rappi e outros serviços de delivery.

De um lado, há clientes que pedem comida justamente porque não podem descer — seja por estarem trabalhando, por terem crianças pequenas, por problemas de mobilidade ou por simples falta de tempo. Do outro lado, há entregadores que afirmam não ter obrigação de subir prédios, alegando riscos, atrasos em outras entregas e falta de reconhecimento por esse esforço extra.

A situação cria um ponto de atrito que poderia ser facilmente resolvido com uma funcionalidade simples no próprio aplicativo — mas que, até hoje, não existe.


Por que essa polêmica existe?

A maioria dos aplicativos de delivery adota a regra básica:
a entrega é feita na porta do cliente, mas na prática isso significa “porta do prédio”.

O problema é que muitos consumidores só pedem delivery quando realmente não conseguem sair de casa. Para quem está trabalhando em home office, por exemplo, descer 10, 15 ou até 20 andares pode significar interromper reuniões, deixar tarefas pendentes ou perder tempo valioso.

Para esses clientes, quando o entregador não sobe, o serviço não cumpre sua função básica: entregar onde o cliente está.

Do outro lado, os entregadores defendem que:

  • subir prédios atrasa outras entregas;
  • muitos locais não têm segurança adequada;
  • não há remuneração extra;
  • subir escadas (em prédios sem elevador) pode representar esforço físico adicional não pago.

Os dois lados têm razão — e é exatamente por isso que o debate nunca acaba.

a man handing a bag of fruit to another man
Os dois lados têm razão - por Grab

O problema está no aplicativo, não no entregador

A responsabilidade pela falta de clareza não é do cliente nem do motoboy — ela é do app de delivery.

Hoje, o entregador só descobre que o cliente precisa que ele suba na hora da entrega, quando chega ao endereço.
O cliente, por sua vez, só descobre que o entregador não vai subir naquele mesmo momento.

Esse desencontro gera:

  • estresse,
  • discussões,
  • avaliações negativas injustas,
  • pedidos cancelados,
  • e atrasos no fluxo de entregas.

Tudo isso poderia ser resolvido com uma única atualização no app.


A solução simples que resolveria tudo

A proposta é objetiva:

Adicionar no aplicativo uma opção chamada:

💡
“Preciso que o entregador suba até meu apartamento”

Essa opção apareceria:

  1. Para o cliente, no momento de finalizar o pedido.
  2. Para o entregador, antes de aceitar a entrega.

Assim, aconteceria o seguinte:

  • Se o entregador concorda em subir → ele aceita o pedido.
  • Se não concorda → o pedido fica disponível para outro entregador que aceite.
  • Sem brigas, sem surpresas, sem estresse.

É o mesmo modelo já usado em apps de transporte, onde motoristas podem aceitar ou recusar viagens com base na distância, trajeto ou horário.


Serviço adicional pago: um benefício para todos

Outra ideia que agrada ambos os lados é transformar a subida ao apartamento em um serviço adicional pago.
Um valor extra simbólico — como R$ 2,00 ou R$ 3,00 — poderia compensar o esforço do entregador e garantir que o cliente receba a entrega em mãos, como deseja.

Seria um modelo transparente, justo e opcional.

a man holding a paper bag with the word good food on it
Serviço adicional pago: um benefício para todos - por Grab

Por que isso ainda não existe?

Apesar da demanda frequente e dos conflitos recorrentes, os apps ainda tratam essa situação como secundária.
Mas, à medida que o delivery se torna parte essencial do cotidiano brasileiro, é inevitável que esse tipo de funcionalidade seja discutido.

Afinal, o serviço precisa evoluir junto com as necessidades reais dos usuários — tanto clientes quanto entregadores.


Conclusão

A polêmica sobre entregadores que não sobem para entregar em apartamentos não é uma questão de “quem está certo”, mas sim de falta de alinhamento entre as partes.

Com uma simples opção no aplicativo — que permita ao cliente informar sua necessidade e ao entregador aceitar ou não a entrega — todo o problema seria resolvido.

Uma solução prática, justa e que tornaria o delivery mais eficiente, respeitoso e adaptado ao dia a dia moderno.


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