Gareth Southgate vai ficar se perguntando o que fazer com sua seleção da Inglaterra após as duas últimas partidas de qualificação para a Euro 2024. Primeiro, contra Malta na noite de sexta-feira, depois novamente contra a Macedônia do Norte, os Three Lions clamavam por inspiração e energia contra adversários classificados mais de 50 lugares abaixo deles no ranking mundial.
Há algumas coisas a serem observadas ao abordar essas performances. Southgate teve que lidar com lesões de jogadores importantes, com a ausência de Jude Bellingham deixando um grande buraco no meio-campo e não havendo um lateral-esquerdo titular claro. Depois, há o fato de que os Three Lions já haviam se classificado para o torneio do próximo verão antes do início desta pausa internacional. Não havia necessidade de urgência ou esforço para coletar pontos vitais. Eles foram autorizados a passar por esses jogos, e na maior parte do tempo eles o fizeram.
Enquanto o técnico da Inglaterra pondera sobre seu próximo passo no planejamento do Campeonato Europeu, ele pode relembrar essas duas partidas e ver o que correu bem.
Principalmente o desenvolvimento da próxima geração de estrelas inglesas.
Sempre houve uma vontade de Southgate de trazer jovens e, ao mesmo tempo, persistir com os jogadores que trouxeram tanta sorte à seleção nacional desde que assumiu o comando. Em sua gestão como técnico principal, ele estreou mais de 50 jogadores, sendo o destinatário mais recente Rico Lewis, do Manchester City, que estreou esta noite pela Inglaterra contra a Macedônia do Norte.
Com o anúncio de que a Euro 2024 está reduzindo os times para 23 jogadores, após o sucesso da Covid na Euro 2020 e uma Copa do Mundo de inverno no Catar, Southgate será forçado a tomar algumas decisões difíceis sobre quem cortar. Ele fica com aqueles que já atuaram no passado, mas podem estar lesionados ou fora de forma? Ou ele arrisca os jovens e os apoia no palco mais pressionado?
Existem sinais de que Southgate está pensando no último. Rico Lewis certamente não prejudicou suas chances de ir ao torneio em sua estreia. Durante a atuação como Melhor Jogador em Campo, ele mostrou muita energia como lateral-esquerdo quando a Inglaterra tinha poucas opções para escolher. Ele avançou para o meio-campo, juntou-se ao ataque, encontrou espaço, chutou, recuou e aparentemente estava em todo o campo. Uma dura decisão de pênalti contra ele também não pareceu diminuir seu ânimo após o jogo.
O adolescente teve o desempenho de Melhor Jogador em Campo em sua estreia como sênior
(PA)
Também houve o desejo de encontrar o papel certo para Phil Foden. Ele começou pela direita contra Malta, mas jogou no centro contra a Macedônia do Norte. Essas duas vagas serão conquistadas por Bukayo Saka e Jude Bellingham para o torneio, se ambos estiverem aptos, mas a versatilidade de Foden é positiva e seu papel como criador esta noite foi executado de forma brilhante, embora a Inglaterra não tenha aproveitado as chances.
Trent Alexander-Arnold, por sua vez, foi o único meio-campista constante contra a Macedônia do Norte e Malta. Sua qualidade com a bola é bem conhecida e Southgate parece posicioná-lo como um substituto potencial para Kalvin Phillips. Embora Alexander-Arnold tenha tido um desempenho admirável contra Malta, ele ficou frustrado em uma disputa mais difícil e física contra a Macedônia do Norte e não conseguiu controlar totalmente o jogo. Phillips, embora não jogue muito pelo Manchester City, mostrou que é um parceiro capaz de Declan Rice na base do meio-campo. Com vagas limitadas no elenco, Southgate seguirá o caminho mais arriscado ou o mais trilhado?
Trent Alexander-Arnold, do Liverpool, pode dar uma dimensão adicional ao meio-campo da Inglaterra na Euro 2024
(AP)
Estas são uma amostra das decisões que determinarão se a Inglaterra poderá ganhar o Euro no próximo ano. Os dois últimos jogos de qualificação de 2023 foram enfadonhos, destinados a serem esquecidos no tempo, mas havia faíscas de um futuro brilhante em exibição.
A responsabilidade agora recai sobre Gareth Southgate para torná-lo uma realidade.