A agência de notícias internacional francesa Agence France-Presse disse que seu coordenador de vídeo na Ucrânia foi morto na terça-feira durante um ataque com foguete perto da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia.
Arman Soldin, 32, estava com uma equipe de jornalistas da AFP que viajava com soldados ucranianos quando o grupo foi atacado por foguetes Grad, disse a agência. O restante da equipe da AFP saiu ileso.
O ataque no final da tarde ocorreu nas proximidades de Chasiv Yar, uma cidade perto de Bakhmut, disse a agência. As forças russas tentam capturar a cidade há nove meses, tornando Bakhmut o foco da batalha mais longa da guerra.
“Sua morte é um lembrete terrível dos riscos e perigos enfrentados diariamente pelos jornalistas que cobrem o conflito na Ucrânia”, disse o presidente da AFP, Fabrice Fries.
Soldin nasceu em Sarajevo, hoje capital da Bósnia, e é cidadão francês, segundo a AFP. Ele chegou à Ucrânia para cobrir a guerra um dia após a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022 e viajou regularmente para as linhas de frente nos últimos meses.
A AFP disse que ficou “devastada” com a morte de Soldin e “todos os nossos pensamentos vão para sua família e entes queridos”.
Em maio de 2022, o jornalista francês Frederic Leclerc-Imhoff, que trabalhava na Ucrânia para a BFM-TV, foi morto perto de Severodonetsk, no leste.
Pelo menos 10 trabalhadores da mídia foram mortos enquanto cobriam a guerra na Ucrânia, de acordo com a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
O diretor da RSF, Christophe Deloire, elogiou a coragem diária de quem cobre a guerra e chamou a morte de Soldin de “uma tragédia de todos aqueles que defendem a independência e a confiabilidade da informação”.