Joe Biden pede para Israel adiar invasão de Rafah para evitar enormes vítimas civis
Os habitantes de Gaza fogem dos ataques e avanços militares de Israel em direção a Rafah, uma cidade no sul da Faixa de Gaza, onde se refugiam. Cerca de 1,4 milhões de palestinos estão na região após serem deslocados pela campanha de Israel contra o Hamas.
A Casa Branca divulgou resumo da ligação entre Biden e Netanyahu, no qual Biden reforça sua opinião de que a operação militar em Rafah não deve prosseguir sem um plano garantindo a segurança e apoio às mais de um milhão de pessoas abrigadas lá.
Este é um dos poucos casos em que Biden solicitou especificamente a Israel a suspensão de ações militares em Gaza.
Palestinos verificam a destruição após ataque israelense em Rafah, Faixa de Gaza, sábado, 10 de fevereiro de 2024.
(AP Photo/Fátima Shbair)
A administração Biden fez um pedido semelhante em Novembro, quando pediu a Israel que evitasse “deslocamentos adicionais significativos” de civis palestinianos durante sua campanha terrestre no sul de Gaza.
Na ocasião, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que Israel foi receptivo ao pedido dos EUA. No entanto, o pedido não impediu os avanços israelenses na região nem evitou novos deslocamentos.
Nas últimas semanas, Biden usou uma linguagem mais forte ao discutir a ação militar de Israel em Gaza e chamou a campanha em andamento de “exagerada”.
Mais de 28 mil palestinos foram mortos em Gaza desde outubro passado, de acordo com seu ministério da saúde.
Apesar do apelo de Biden, Netanyahu indicou que planeia prosseguir com a invasão de Rafah e disse que está sendo preparado um plano de evacuação para os civis palestinianos.
Isso coloca os EUA em uma situação de conflito entre Israel e a Arábia Saudita, que alertou sobre “repercussões muito graves” se Israel atacar Rafah.
Enquanto Netanyahu planeia invadir Rafah, os líderes dos EUA visitam a região na tentativa de negociar um cessar-fogo que permita trocas de reféns e assistência humanitária aos civis palestinos deslocados.
Netanyahu não foi receptivo ao plano de cessar-fogo.