PF revela invasão de IA espiã do governo e uso pelo PCC para monitorar Moro, promotor e STF
Polícia Federal descobre invasão de sistema de IA do governo, usado pelo PCC para monitorar autoridades e planejar crimes.
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O que aconteceu: A Polícia Federal revelou detalhes de uma investigação que parece saída de um filme de ficção científica misturado com um enredo policial. Segundo a apuração, o governo federal desenvolveu um sistema de superinteligência artificial para uso na segurança pública, capaz de cruzar informações sigilosas, acessar câmeras de trânsito em tempo real e até realizar leitura automática de placas de veículos.
O problema é que esse sistema teria sido invadido e explorado por organizações criminosas, entre elas o Primeiro Comando da Capital (PCC). A tecnologia foi usada para monitorar autoridades como Sérgio Moro, membros do Ministério Público e ministros do STF, além de facilitar atividades como fraudes, sequestros e planejamento de assassinatos.
O risco da “IA espiã” nas mãos erradas
De acordo com a PF, os criminosos conseguiram vender acessos a essa inteligência artificial por meio da dark web. Isso abriu a possibilidade para que qualquer pessoa com dinheiro pudesse utilizar o sistema para rastrear alvos e realizar operações ilegais em larga escala.
O caso levanta um alerta: quando uma ferramenta com tanto poder “vaza para a internet”, ela pode se tornar praticamente incontrolável.
A operação i-Fraude
Batizada de i-Fraude, a operação da Polícia Federal identificou que criminosos ofereciam acessos ao sistema chamado Córtex, plataforma estratégica do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Entre as funcionalidades comprometidas estavam:
- Monitoramento em tempo real de pessoas e veículos.
- Acesso a bancos de dados sigilosos.
- Rastreio automatizado de câmeras de segurança.
- Uso de OCR para identificar placas de carros em todo o país.
Segundo os investigadores, isso abriu brechas para ataques coordenados contra autoridades e alimentou um mercado clandestino de informações sensíveis.
Impactos e preocupações
O episódio expõe a vulnerabilidade de sistemas críticos do Estado brasileiro e coloca em xeque a segurança de milhões de cidadãos. Se nas mãos do governo já é um recurso poderoso e delicado, nas mãos do crime organizado se torna uma verdadeira arma digital.
As revelações também levantam questões sobre segurança cibernética, controle de tecnologias de vigilância e o futuro do uso de IA em áreas sensíveis como a segurança pública.
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