Starmer promete blindar economia britânica contra tarifas de Trump

Starmer promete blindar economia britânica contra tarifas de Trump
Starmer promete blindar economia britânica contra tarifas de Trump

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As tensões comerciais entre o Reino Unido e os Estados Unidos voltaram aos holofotes — e, desta vez, com um novo capítulo. O primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, fez declarações firmes em defesa dos setores produtivos britânicos, após comentários incisivos do ex-presidente americano Donald Trump sobre tarifas comerciais. O recado foi direto: o Reino Unido não vai se curvar.

E o palco desse discurso não poderia ser mais simbólico: uma visita à fábrica da Jaguar Land Rover em West Midlands, coração da indústria automotiva britânica. Ali, Starmer deixou claro que está pronto para proteger empregos e empresas nacionais, reforçando: “Ninguém sai ganhando em uma guerra comercial.”


Entenda o contexto: por que Trump quer impor tarifas?

Donald Trump voltou a acirrar os ânimos ao afirmar que a União Europeia foi criada para prejudicar os Estados Unidos — um comentário que reacende velhas tensões. Ele também sugeriu que muitos países deveriam fazer mais para favorecer os EUA em termos de comércio.

Embora o Reino Unido não faça mais parte da UE, os impactos indiretos dessas políticas protecionistas ainda respingam forte na economia britânica — especialmente nos setores automotivo, agrícola e tecnológico.


Resposta rápida de Starmer: firmeza, estratégia e negociação

Para Starmer, a estratégia não é confronto puro e simples, mas também não é submissão. Ao lado do secretário de negócios Jonathan Reynolds, o governo britânico deixou claro que não será passivo nas negociações com os americanos.

Reynolds afirmou que o Reino Unido precisa “agir com clareza e defender seus interesses”, especialmente em um cenário global instável. A prioridade, segundo ele, é manter o canal de diálogo aberto, mas sempre com foco em proteger empregos e a produção nacional.


Indústria automotiva no centro da conversa

A escolha de visitar a Jaguar Land Rover não foi à toa. O setor automotivo britânico é um dos mais ameaçados pelas tarifas e é peça-chave da economia nacional. Ao conversar com trabalhadores e executivos da montadora, Starmer reiterou:

“Esses são tempos difíceis. Mas estamos aqui com vocês. Vocês representam o que há de melhor na indústria britânica, e vamos lutar por isso.”

Além disso, ele reforçou que a prioridade é a renovação econômica da Grã-Bretanha, após anos de crises causadas por fatores como a guerra na Ucrânia e a pandemia. Ou seja: proteger a indústria agora é plantar para colher estabilidade no futuro.


Europa revida, mercados tremem

A Comissão Europeia não deixou barato. Em resposta à ameaça de tarifas de Trump, propôs retaliações comerciais de até 25% sobre produtos americanos. Uma jogada que sinaliza que a UE também está pronta para o embate.

Nos mercados, o clima foi de tensão. O S&P 500 e o Dow Jones encerraram o dia em queda, e o famoso "índice do medo" da CBOE chegou a 60 pontos — o maior patamar desde agosto de 2024. O recado dos investidores é claro: guerra comercial não interessa a ninguém.


Efeito dominó: até Israel sentiu o baque

Até o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, entrou na conversa. Em visita a Washington, ele revelou que Israel sofreu um impacto de 17% nas importações devido às tarifas. E prometeu trabalhar para remover barreiras comerciais junto aos EUA.

A fala de Netanyahu reforça a ideia de que essa nova onda protecionista tem efeito global, e que nem os aliados mais próximos estão imunes.


O que esperar agora?

O governo de Keir Starmer está jogando com equilíbrio: firme nas posições, mas aberto ao diálogo. A aposta é que, com diplomacia estratégica e articulação com parceiros europeus e asiáticos, o Reino Unido consiga minimizar os impactos e manter suas indústrias competitivas.

As próximas semanas devem ser decisivas. Entre negociações internacionais, reações dos mercados e novas falas de Trump, o xadrez comercial segue montado. A diferença agora é que, com Starmer no comando, a Grã-Bretanha promete não ser peão — mas peça-chave no tabuleiro.


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