Desde que o WhatsApp lançou a opção Canais, os seguidores de um artista, cantor ou locutor de notícias podem acompanhar as atualizações em tempo real. Um dos canais O mais seguido é o de Benito Martínez Ocasio, conhecido artisticamente como Bad Bunny, pois tem quase 19 milhões de seguidores.
Recentemente, o “Bad Rabbit” explodiu nesta plataforma, depois que uma música criada com IA (Inteligência Artificial) se tornou viral no TikTok. Trata-se de uma melodia programada pelos internautas com o único propósito de entretenimento.
O canção criado com IA expressa o seguinte:
“Comprei uma TV e ela só serviu de decoração. Nós vimos zero filmes, mas fizemos muita pornografia*. Quero uma continuação de todas as merdas, comemos tanto que sempre sobrou Pipoca. Deixe esse burro e monte neste nobre corcel. Te faço pular mais que Anabel, parecia Gaspel. Repetindo ‘Oh meu Deus, amém’. Eu não jogo tênis ou golfe, mas vou para o dele abrir. Sai que ele pegou e vamos foder a beira mar. Não vem da Espanha, mas é bastante garota mau. Se meus braços são seu habitat natural, mesmo que tenha acabado mal, comecei a lembrar e sei que você ainda quer conversar novamente. Só por uma noite, vamos fazer doces ou travessuras. Com nota mais alta que os coros Bisbal.”
Nesse sentido, o intérprete de Olhos bonitos expressou o seguinte através do WhatsApp:
“Há pessoas com quem eu entendo e pessoas com quem não. Existem pessoas com quem me conecto e pessoas com quem não me conecto. Se vocês gostam daquela música de merda que está viralizando no TikTok, saiam desse grupo agora mesmo. Vocês não merecem ser meus amigos e é por isso que fiz o novo álbum, para me livrar de pessoas assim. Então, chu, chu, chu. Fora”.
E finalizou com uma frase: “Também não os quero na turnê”.
Segundo os fãs, a música se chamaria nostalgia e teria sido criado com IA com as supostas vozes de Bad Bunny e Bad Gyal. A música está atualmente disponível no Spotify. O usuário FluxoGPT Ele teria sido o encarregado de ancorá-lo nesta plataforma que, até hoje, conta com mais de 400 mil visualizações.
O artista que faz demos com vozes artificiais tem mais de 200 mil ouvintes mensais na mesma plataforma.
E, segundo Federico Rubli Kaiser, economista formado pelo ITAM (Instituto Tecnológico Autônomo do México), “a legislação dos EUA está dois passos atrás do desenvolvimento tecnológico”, disse ele em coluna no jornal O economista. E acrescentou que “se uma obra de arte for criada de forma autónoma por um algoritmo informático, não poderá ser considerada uma ‘obra original de autoria’, porque a expressão não humana não é elegível para protecção de direitos de autor”.
As brechas legais são tão notórias nos EUA que o também doutor em Teoria e Política Monetária observou que a IA pode “infringir direitos autorais ao gerar produtos que se assemelham a obras existentes”. Num longo julgamento, as produtoras e os artistas teriam de provar que outros produtos “infringiam os seus direitos se o programa de IA tivesse acesso às suas obras e fabricasse produtos substancialmente semelhantes”.
Assim, embora nem tudo esteja perdido, as leis poderão mudar nos próximos meses para proteger artistas como Bad Bunny ou a atriz norte-americana Scarlett Johansson, que recentemente processou uma empresa pela utilização da sua imagem numa aplicação de inteligência artificial.
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