Ciclone Subtropical Biguá: Primeira Tempestade Atípica em Dois Anos no Rio Grande do Sul
Introdução ao Ciclone Subtropical Biguá
O ciclone subtropical Biguá foi confirmado pela Marinha do Brasil no último sábado como uma tempestade subtropical próxima à costa do Litoral Sul do Rio Grande do Sul. Este fenômeno marca uma significativa reviravolta nas condições meteorológicas da região, sendo o primeiro ciclone atípico a atingir o estado desde maio de 2022, quando a tempestade subtropical Yakecan provocou estragos consideráveis e deixou vítimas no Uruguai e no Brasil.
O Que é um Ciclone Subtropical?
Um ciclone subtropical é uma tempestade que apresenta características que são uma mistura de ciclones tropicais e extratropicais. Este tipo de ciclone se forma em latitudes subtropicais, tipicamente entre 20° e 40°, e é alimentado tanto por gradientes térmicos horizontais quanto por calor liberado durante a condensação de vapor d’água.
Diferença entre Ciclones
- Ciclones Extratropicais: Comuns em latitudes médias e altas, se desenvolvem em sistemas frontais e são alimentados por diferenças de temperatura entre massas de ar.
- Ciclones Subtropicais: Apresentam uma estrutura intermediária e dependem de condições climáticas tanto tropicais quanto extratropicais.
Formação e Impacto do Ciclone Biguá
Dados Meteorológicos
De acordo com as medições realizadas pelas estações meteorológicas em Pelotas e Rio Grande, os valores de pressão atmosférica no começo do domingo chegaram a 995 hPa, um indicativo da intensidade da tempestade. Na madrugada de domingo, a barra do Porto de Rio Grande registrou rajadas de vento em torno de 80 km/h, o que levou ao fechamento do porto para operações.
Projeções e Comportamento do Ciclone
A Marinha do Brasil projetou que o ciclone Biguá manteria sua classificação como tempestade subtropical até a manhã do domingo, quando se esperava que a pressão aumentasse, rebaixando-o a uma depressão tropical durante a tarde e noite.
Histórico de Ciclones no Rio Grande do Sul
Última Tempestade Atípica: Yakecan
Em 2022, o ciclone Yakecan causou danos significativos ao Sul do Brasil, provocando queda de árvores, problemas na rede elétrica e diversas fatalidades. Durante sua passagem, as rajadas de vento ultrapassaram 100 km/h, especialmente na região litorânea, onde várias estações de medição estavam fora de operação, o que dificultou o acompanhamento da tempestade.
Comparação com Biguá
Embora o ciclone Biguá tenha gerado preocupação, espera-se que seu impacto seja consideravelmente menor em comparação ao Yakecan. Biguá deve provocar estragos pontuais, especialmente em áreas de menor densidade populacional, como o extremo Sul do Rio Grande do Sul, mas não deverá causar destruições em larga escala.
Previsão e Efeitos Esperados
Áreas mais Afetadas
As regiões mais vulneráveis ao impacto do ciclone incluem:
- Pelotas e Rio Grande: Onde as rajadas de vento devem variar entre 80 km/h e 100 km/h.
- Chuí, Santa Vitória do Palmar e Lagoa Mirim: A previsão é de que essas áreas recebam a parte mais intensa do ciclone, mas devido à chuvas e ventos menos frequentes.
Expectativa de Ventos
Na capital do estado, Porto Alegre, e áreas circunvizinhas, os ventos devem ser mais brandos, variando entre 50 km/h e 70 km/h, com proventos de possíveis quedas de árvores e interrupções de energia em diferentes pontos.
Conclusão: Vigilância e Segurança
A formação do ciclone subtropical Biguá é um lembrete importante da força da natureza e a importância de se manter alerta durante eventos meteorológicos adversos. Autoridades locais e a população devem seguir as instruções das entidades meteorológicas e se preparar para possíveis interrupções na energia elétrica e danos menores nas áreas mais afetadas.
Links Úteis
Com a ocorrência recente de fenômenos como o ciclone Biguá, a necessidade de um planejamento e monitoramento está mais evidente do que nunca. Certamente, o aprendizado com eventos passados fortalecerá a resiliência da população e o preparo para futuras tempestades.