Amazônia: Desmatamento e calor podem gerar epidemias, alertam pesquisadores
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Especialistas alertam que desmatamento e altas temperaturas na Amazônia podem favorecer doenças e crises de saúde pública em 2026.
A Amazônia brasileira enfrenta um cenário preocupante em 2025, com aumento no desmatamento e episódios de calor intenso, fatores que, segundo especialistas ouvidos pela imprensa, podem elevar o risco de novas doenças e epidemias. A combinação de perda de floresta, alterações climáticas e mudanças nos ciclos ambientais cria um ambiente propício para a propagação de vírus, parasitas e outros agentes infecciosos — especialmente próximos a comunidades humanas.
Como o desmatamento altera o clima e o ambiente
O desmatamento da floresta amazônica tem consequências que vão muito além da perda de árvores. A retirada de cobertura vegetal muda o microclima local, reduz a umidade do ar e aumenta a temperatura média, criando condições mais secas e quentes em vastas áreas. Esse processo contribui para a intensificação de ondas de calor, um fenômeno já observado em várias partes da região.
Pesquisas científicas apontam que a combinação de desmatamento e mudanças climáticas pode gerar situações de estresse térmico extremo, com calor além dos limites adaptáveis para humanos e organismos na região — um fator que influencia desde a saúde humana até a ecologia de insetos e vetores de doença.
Por que o calor e a floresta derrubada facilitam doenças
O rompimento do ambiente natural cria novas interfaces entre humanos e animais, aumentando a probabilidade de transmissão de doenças zoonóticas — aquelas que pulam de animais para humanos. A perda de biodiversidade e o contato mais intenso com espécies antes isoladas favorecem esses eventos.
Além disso, o calor intensificado muda a distribuição de mosquitos e outros vetores de doenças como malária, dengue e febre amarela, que podem prosperar com temperaturas mais altas e ambientes alterados.
Estudos indicam que, à medida que o clima esquenta, insetos transmissores de doenças tendem a aumentar sua área de atuação e ciclos de reprodução, o que pode levar a surtos mais frequentes ou de maior alcance.
Pesquisadores brasileiros e internacionais têm alertado há anos que a destruição da Amazônia é também um problema de saúde pública, não apenas ambiental. A alteração do ecossistema e o enfraquecimento da floresta como “barreira” natural reduzem a proteção contra a disseminação de patógenos.
Alguns especialistas chegam a afirmar que, se as tendências atuais de aquecimento e devastação continuarem, a região pode enfrentar um aumento de eventos epidêmicos ou mesmo pandemias no futuro próximo, devido à combinação de clima quente, fragmentação florestal e contacto humano com novas áreas de vida selvagem.
Saúde humana e comunidades locais
A preocupação vai além dos vetores tradicionais de doenças tropicais. O calor extremo agrava problemas de saúde existentes, aumentando hospitalizações por desidratação, problemas cardiovasculares e respiratórios. Populações mais vulneráveis como comunidades indígenas, ribeirinhas ou assentadas perto de áreas desmatadas estão entre as mais expostas.
Esses fatores geram um cenário no qual serviços de saúde pública precisam se preparar não apenas para lidar com doenças infecciosas, mas também com os efeitos diretos do calor e da instabilidade climática.

Por fim, o aumento do desmatamento e dos episódios de calor na Amazônia não é apenas um problema ambiental, é um desafio multifacetado que envolve saúde pública, clima, serviços de saúde e políticas de prevenção de epidemias. Como mostraram especialistas e reportagens recentes, a região pode se tornar um ponto crítico para surgimento e disseminação de novas doenças, caso não haja ações efetivas de preservação florestal e adaptação climática.
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