Fico contente em ver que o governo está analisando a questão do brilho e ofuscamento dos faróis – espero que eles pisquem os olhos um pouco – após uma pesquisa recente do RAC que revelou que muitos motoristas consideram o ofuscamento um problema.
No entanto, pode não haver uma solução legislativa rápida. O Departamento de Transportes já está em contato com um grupo de especialistas da ONU em iluminação de veículos – quem diria? – mas as propostas para implementar o alinhamento automático dos feixes, que reduziria a intensidade dos faróis à medida que os carros passam por obstáculos como colinas, só serão obrigatórias a partir de 2027.
E mesmo assim? Bem, dirigi vários carros com a iluminação ‘inteligente’ mais avançada disponível, que ajusta automaticamente os feixes de luz ou limita as áreas iluminadas pelos faróis altos, e ainda assim alguns motoristas se aproximavam piscando, pois estavam sendo ofuscados. Como em muitos casos de tecnologia regulamentada, nem sempre funciona como deveria.
O que precisamos é de uma solução clara e simples. Alguns carros possuem um interruptor para abaixar os feixes de luz caso você esteja carregando carga na parte de trás, mas esse número está diminuindo. Na maioria dos carros novos, não há muito que se possa fazer quanto ao brilho dos faróis.
Não dá para simplesmente desmontar um conjunto de luzes caro com 1.200 LEDs, cada um emitindo uma quantidade de luz equivalente ao sol, para substituir as lâmpadas.
Felizmente, os franceses costumavam ter a solução perfeita, que muitos lembrarão se já tiverem feito férias lá antes da década de 1990, que era pegar um pequeno pote de tinta amarela e pintar nos faróis, dando-lhes um brilho mais apropriado.
Um artigo que encontrei sugere que mudar de luz branca para uma tonalidade mais amarelada do espectro tem um comprimento de onda mais longo, o que é mais agradável aos olhos e reflete menos na água.
Além disso, pintar os faróis com tinta amarela pode naturalmente reduzir o brilho, mas também com certeza deixará os faróis mais sujos. Pesquisas limitadas indicam que, contanto que ambos os lados do veículo tenham a mesma tonalidade, os inspetores do teste de MOT concordariam.
Eu não pesquisei a fundo a validade científica desse método, e dado que poderíamos ter novos Alpine A110 circulando com faróis amarelos, e que teríamos que retocar a tinta amarela a cada lavagem para manter a tonalidade, pareceria mais uma viagem de volta aos anos 1980 do que algo sério. Mas, brincadeiras à parte, será que não há algo a se considerar nisso?