A Hyundai está considerando implementar recursos pagos para uso em seus carros, como a capacidade de ativar bancos aquecidos, como parte de um movimento para manter conexão com seus clientes no pós-venda.
“Estamos considerando o recurso sob demanda como uma opção, a fim de adicionar mais personalização ao carro”, disse Marcus Welz, chefe da Hyundai Connected Mobility.
Anunciado hoje, esta nova divisão baseada na Europa reunirá os empreendimentos de assinatura de automóveis (Mocean) e serviços conectados (Bluelink) da empresa coreana sob o mesmo teto.
“Durante anos nos preocupamos em como venderíamos mais carros”, disse Welz. “Hoje nos preocupamos com ‘e se tudo o que fizermos for vender carros?’.”
A nova divisão trata “do futuro da mobilidade, desde a posse de automóveis até a transferência para assinaturas”, acrescentou Andreas-Christoph Hofmann, vice-presidente de marketing, produto e relações públicas da Hyundai.
Uma chave para os planos da nova divisão é a reestruturação da Bluelink. Como outros, este aplicativo atualmente permite que os proprietários controlem remotamente recursos como pré-condicionamento, bloqueio e navegação por satélite.
Agora, este sistema – disponível em modelos mais recentes equipados com o ecrã de infoentretenimento de 10,25 polegadas – será oferecido em três níveis: Lite (gratuito durante os primeiros 10 anos; utilização de mapas, serviços online, etc. apenas no automóvel), Plus (€2,99) por mês; acesso a todos os serviços remotos) e Pro (€ 9,99 por mês; serviços avançados baseados em dados, como pagamentos no carro, incluindo ofertas de parceiros, para “motorista conectado com o ambiente”).
Isso faz parte de um esforço da Hyundai para se aproximar dos clientes no pós-venda. Como parte disso, a integração de recursos sob demanda é um dos próximos passos – embora a empresa não tenha confirmado se isso afetaria os carros já em circulação.
Este conceito não é nada novo. A BMW, por exemplo, já limita alguns recursos, tanto de hardware (bancos aquecidos) quanto de software (assistência de farol alto), já instalados no carro atrás de paywalls. No entanto, foi amplamente criticado por isso.