Recuperação de Tesouro Histórico: Flórida Recupera Moedas de Ouro Roubadas da Frota de 1715
Recentemente, autoridades estaduais e federais da Flórida conseguiram recuperar um milhão de dólares em moedas de ouro roubadas, ligadas a uma famosa frota de navios de tesouro afundados no século XVIII. Esse episódio destaca não apenas a rica história marítima da região, mas também os desafios enfrentados na proteção do patrimônio cultural diante de atividades ilícitas.
A Frota de 1715: Um Marco Histórico
Em julho de 1715, uma tempestade devastadora afundou 11 dos 12 navios que formavam a frota de tesouro espanhola que navegava da Cuba para a Espanha, repleta de riquezas. Essa tragédia marítima ocorreu na costa da Flórida, e os restos desses navios, incluindo o Urca de Lima, ficaram submersos por mais de 300 anos, até que mergulhadores começaram a explorá-los em busca de tesouros.
Durante o mapeamento árduo dessas águas, várias moedas e artefatos foram recuperados, mas muitos ainda permanecem no fundo do mar, representando um legado cultural que mistura história e lenda.
O Tesouro Recuperado
A Comissão de Pesca e Vida Selvagem da Flórida, em colaboração com o FBI, confirmou a recuperação de 37 moedas de ouro, consideradas "artefatos históricos de valor inestimável". O caso teve origem em 2015, quando membros da família Schmitt encontraram um tesouro de 101 moedas de ouro em um dos naufrágios. Dessas, apenas 51 foram legalmente reportadas e autenticadas, enquanto 50 moedas acabaram sendo roubadas.
Moeda do Santo Graal
Entre as peças recuperadas, destaca-se uma exposição especial — uma moeda de ouro de 1709, erroneamente martelada com um selo de moeda de prata. Essa moeda, frequentemente chamada de “moeda do Santo Graal”, foi vendida ilegalmente em um leilão por cerca de US$ 50 mil antes de ser recuperada este ano.
A história se complica ainda mais à medida que investigações revelam vínculos diretos entre um membro da família Schmitt e a negociação ilegal dessas moedas entre 2023 e 2024.
A Investigação
As investigações começaram a intensificar-se a partir de junho, após a descoberta de novas evidências. Embora os detalhes exatos não tenham sido divulgados, as autoridades confirmaram que dados digitais e de geolocalização ligavam Eric Schmitt, um dos membros da família, às moedas roubadas. Com mandados de busca, outras moedas foram localizadas em residências, cofres e durante leilões.
O caso ganhou contornos dramáticos quando se descobriu que Eric, em uma jogada arriscada, havia lançado três moedas ao fundo do mar em 2016, supostamente para enganar novos investidores da 1715 Fleet – Queens Jewels, LLC.
Acusações e Consequências
Por suas ações, Eric Schmitt enfrenta graves acusações ligadas à negociação de bens roubados. A ênfase agora está não apenas em recuperar os artefatos desaparecidos, mas também em responsabilizar aqueles que buscam se beneficiar da exploração ilícita de patrimônio histórico.
Importância do Patrimônio Cultural
A recuperação dessas moedas não é apenas um ato de justiça; é um passo vital para a preservação da rica herança cultural da Flórida. A Comissão de Pesca e Vida Selvagem destacou a importância de salvaguardar o patrimônio cultural e de responsabilizar os infratores, como afirmou Camille Soverel, uma das investigadoras da FWC.
O Futuro da Pesquisa Arqueológica
Os estudiosos e arqueólogos subaquáticos continuam explorando a costa da Flórida em busca de mais tesouros, com a esperança de descobrir e recuperar artefatos valiosos que narram a história esquecida de séculos passados. As moedas recuperadas estão destinadas a serem devolvidas aos seus legítimos proprietários, e autoridades já trabalham para localizar ainda 13 moedas perdidas.
Conclusão: A Luta Contra a Exploração Ilícita
Enquanto o mar guarda segredos de outras eras, é vital que a comunidade permaneça vigilante contra a exploração de tesouros submersos. A história das moedas da frota de 1715 é um lembrete do quão precioso é preservar nosso passado e aprender com ele.
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