Gary O’Neil, técnico do Wolves, questionou: “Qual é o sentido do VAR?” Sua equipe sentiu-se prejudicada após mais decisões serem cruciais na derrota para o Fulham. Eddie Howe, técnico do Newcastle, classificou um pênalti contra seu próprio clube nos acréscimos contra o Paris Saint-Germain como “uma decisão ruim” que “parece completamente diferente” em um replay lento para os árbitros assistindo nos monitores.
Essa situação atual surge após um aumento no uso da tecnologia no futebol nos últimos anos, mas nenhuma parece gerar tanto debate e questionamento acalorado quanto o Árbitro Assistente de Vídeo (VAR).
Em geral, acredita-se que as chamadas menores e mais evidentes melhorem ao longo da temporada, com os árbitros em campo recebendo ajuda extra. No entanto, tem havido vários incidentes de grande repercussão recentemente que levaram os clubes, ou pessoal dentro deles, a reclamar sobre a eventual decisão ou processo de tomada de decisão, com outro incidente recente ocorrendo na Liga dos Campeões.
O treinador do Manchester United, Erik ten Hag, sentiu-se injustiçado por uma série de decisões que foram contra eles na derrota por 4-3 para o FC Copenhagen, incluindo a decisão de expulsar Marcus Rashford por falta grave.
Mas o outro lado do debate é que – sem serem absolutas, linhas específicas sobre o que é e o que não é uma falta, onde uma decisão deve ou não ser tomada e assim por diante – a barreira onde o VAR intervém e decide sobre proibir incidentes (ou não) parece muito mais elevado na Premier League do que nas competições europeias.
É amplamente sabido nessas terras que o pênalti contra o Newcastle pelo PSG não teria sido marcado na Inglaterra, nem o gol tardio de Jarrell Quansah pelo Liverpool contra o Toulouse teria sido anulado por uma bola de mão contra Alexis Mac Allister muito antes, na preparação do jogo. Mas nenhum desses casos ocorreu na Premier League, e os árbitros na Europa – sob a bandeira da Uefa – têm diferentes opiniões e diferentes níveis de intervenção.
Aqui está tudo o que você precisa saber sobre o VAR, incluindo as últimas causas de reclamação contra ele.
### O que deu errado?
Muito, o Newcastle se sentiu injustiçado com o pênalti concedido por handebol após uma revisão do VAR não ter sido realizada durante o jogo aberto, no minuto final dos acréscimos no empate em 1 a 1 com o PSG.
No início da competição, o Man United reclamou do cartão vermelho de Rashford, concedido por pisar no pé e na canela de um adversário. Ten Hag insistiu que sua equipe viu três pênaltis “muito discutíveis” serem contra eles em quatro jogos e classificou a expulsão de seu atacante como “muito dura”.
No futebol nacional, o técnico do Arsenal, Mikel Arteta, reclamou de erros “inaceitáveis” dos funcionários do VAR e em campo quando seu time perdeu para o Newcastle, enquanto o técnico do Wolves, O’Neil, continua a se sentir tratado injustamente pelo uso da tecnologia.
No início da temporada, ele classificou uma decisão de pênalti contra seu time e confirmada pelo VAR como “escandalosa” – também contra o Newcastle. O VAR enviou o árbitro Michael Salisbury à tela para marcar um pênalti depois que João Gomes derrubou Harry Wilson na área, e Willian marcou seu segundo pênalti no jogo para selar os três pontos para o Fulham. O’Neil destacou as decisões envolvendo o pênalti tardio, a suposta cabeçada de Carlos Vinicius sobre Max Kilman e a razão pela qual Tim Ream não recebeu o segundo amarelo por falta sobre Hwang Hee-Chan, enquanto o primeiro pênalti dos brancos, concedido por falta de Nelson Semedo sobre Tom Cairney, também foi controverso. Para observar, o VAR nunca teria intervindo em Ream, já que eles só se envolvem em infrações diretas de cartão vermelho, não em segundos amarelos.
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