Esposa de Alexandre de Moraes vê patrimônio triplicar em um ano
Publicidade
Coluna aponta aumento patrimonial de Viviane Barci Moraes; sanções dos EUA ligadas à Lei Magnitsky foram revogadas em dezembro.
A advogada Viviane Barci Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, teve um crescimento expressivo em seu patrimônio declarado entre 2023 e 2024. Segundo informações publicadas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o valor total dos bens atribuídos à advogada teria passado de R$ 24 milhões para R$ 79,7 milhões no período de um ano.
A informação gerou repercussão nas redes sociais e em veículos de imprensa, sobretudo por coincidir com um momento em que empresas ligadas à família Moraes chegaram a constar em uma lista de sanções do governo dos Estados Unidos, com base na chamada Lei Magnitsky. As sanções, no entanto, foram revogadas oficialmente em 12 de dezembro, segundo registros do Departamento do Tesouro norte-americano.

Viviane Barci Moraes é advogada e atua há anos na área jurídica. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, ela controla ou participa de escritórios de advocacia ligados à família, além de ter inaugurado uma nova banca em Brasília no período analisado. A capital federal concentra grande parte da demanda por serviços jurídicos especializados, especialmente nas áreas constitucional, administrativa e regulatória.
Até o momento, não há qualquer decisão judicial ou investigação pública que aponte irregularidades na origem do patrimônio da advogada. O crescimento patrimonial, embora expressivo, não é ilegal por si só e pode estar relacionado a valorização de ativos, honorários profissionais, reorganização societária ou abertura de novos negócios.
Sanções dos EUA e a Lei Magnitsky
A Lei Magnitsky é um instrumento da legislação dos Estados Unidos que permite sanções econômicas e restrições financeiras contra indivíduos e entidades estrangeiras acusadas de violações graves de direitos humanos ou corrupção. No caso citado, empresas associadas ao grupo familiar, incluindo o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, chegaram a ser incluídas na lista de sancionados.
O Lex Instituto é uma entidade que promove eventos, cursos e debates jurídicos, além de deter imóveis utilizados para essas atividades. A inclusão na lista de sanções gerou restrições temporárias, como dificuldades para operações financeiras e relações comerciais com instituições nos Estados Unidos.
Revogação das sanções
Em 12 de dezembro, o governo norte-americano revogou oficialmente as sanções que atingiam Alexandre de Moraes, Viviane Barci Moraes e as entidades associadas. Com a decisão, todos os nomes deixaram a lista de restrições, retomando a possibilidade de operações financeiras, contratos e relações comerciais em território americano.
Até o momento, as autoridades dos Estados Unidos não divulgaram detalhes públicos sobre os motivos que levaram à revogação. Especialistas apontam que esse tipo de decisão pode ocorrer após reavaliações internas, revisão de informações ou ausência de elementos suficientes para manutenção das sanções.

O que se sabe e o que não se sabe
É fato que:
- O crescimento patrimonial foi citado em coluna jornalística assinada.
- Houve sanções aplicadas e posteriormente revogadas pelos Estados Unidos.
- A revogação ocorreu em dezembro e restabeleceu relações financeiras normais.
Também é fato que:
- Não há condenação, denúncia formal ou investigação pública envolvendo Viviane Barci Moraes.
- Não foi apontada ilegalidade na evolução do patrimônio.
- O STF e seus ministros não comentaram oficialmente o tema.
Debate segue Aberto
O caso segue sendo objeto de debate público e político, especialmente em razão da posição institucional ocupada por Alexandre de Moraes. Especialistas destacam que a transparência patrimonial e o acompanhamento por órgãos de fiscalização são mecanismos normais em democracias, mas alertam para os riscos de conclusões precipitadas sem base em decisões oficiais.
Portanto, o aumento do patrimônio atribuído a Viviane Barci Moraes e a revogação das sanções dos Estados Unidos reacenderam discussões sobre transparência, poder institucional e polarização política no Brasil. Até o momento, porém, as informações disponíveis se baseiam em publicações jornalísticas e atos administrativos estrangeiros, sem qualquer comprovação de irregularidade. O tema segue em debate, mas carece de desdobramentos oficiais para além da repercussão política e midiática.
Publicidade
