Desde que surgiu, o sistema de pagamento instantâneo, Pix, vem sendo bastante utilizado pela sua facilidade e praticidade. Já que permite a transferência instantânea e livre de custo entre contas, ele acabou causando um prejuízo aos maiores bancos do país, que deixaram de arrecadar cerca de R$ 2,7 bilhões em suas receitas de serviços de conta corrente. E, ainda que o recurso não seja oficial no Banco Central até agora, alguns bancos e fintechs já começaram a oferecer o serviço de Pix parcelado – uma modalidade que é, na verdade, uma forma de crédito.
Com o serviço, o cliente está pegando um empréstimo do valor da transação com o banco, para que possa fazer o pagamento completo a uma pessoa física ou empresa. Assim, quem recebe vê o valor cair na conta na hora, mas o cliente precisa reembolsar as parcelas ao banco com juros.
Algumas instituições que já aceitam este tipo de transação são o Santander e as fintechs PicPay, Mercado Pago e Digio – e as taxas de juros podem variar entre 2% e 3,99%. O lado bom dessa facilidade é que aqueles que não têm cartão de crédito podem fazer compras parceladas apenas com uma conta corrente.
Para isso, é preciso que o estabelecimento aceite o Pix. Isso não é tão difícil, já que hoje em dia a maioria das lojas físicas e virtuais, sites de serviços online e apps de comida aceitam a forma de pagamento – há até mesmo casas de apostas que aceitam pix para fãs de esportes e palpites que preferem a praticidade desse sistema. Nessas plataformas de jogatina, os pitacos são feitos em real e através do método de sua preferência, havendo até cupons, apostas grátis e bônus de boas vindas para aqueles que se cadastrarem através do apostasesportivas24.com.
Dívidas
Com tantas facilidades e uma taxa de juros relativamente baixa, muitos clientes se sentem tentados a utilizar o serviço de parcelamento. Contudo, todo mundo sabe que quando não se vê o dinheiro saindo da carteira, é mais fácil gastar mais do que se pode e perder o controle financeiro. Por isso, é preciso manter o controle e pensar nessa ferramenta da mesma forma que um empréstimo pessoal ou cheque especial.
Segundo o educador financeiro Thiago Martello, a única diferença para outras formas de crédito é a taxa de juros. “O brasileiro não tem maturidade para lidar com o crédito, que faz as pessoas perderem o controle. É um câncer na vida financeira de uma pessoa”, defende Thiago. “Essa modalidade de crédito deveria ser usada somente num momento muito urgente, como problemas de saúde, por exemplo. Do contrário, qualquer juro pago é ruim, não importa o tamanho. Juro bom é só o que se ganha”, completa ele.
O consumidor pode prevenir o endividamento seguindo uma dica simples: nunca consumir em crédito mais do que se ganha regularmente.
Pix Garantido
O Banco Central, como não podia ficar de fora, já anunciou a sua modalidade de Pix Parcelado, chamado provisoriamente de “Pix Garantido”. Apesar de ainda não ter data exata de lançamento, já sabemos que este tipo de transação permitirá a divisão de valores para datas futuras em uma ou mais parcelas. De forma semelhante ao que as fintechs e bancos vêm fazendo hoje, o recebedor terá acesso ao valor completo de uma só vez.
O jornal Valor Econômico mencionou essa funcionalidade em um texto sobre doações. Segundo o veículo, ela contribuiria para que as campanhas de solidariedade após desastres naturais recebessem mais doações, já que, algumas semanas após as tragédias, o ritmo de doações tende a diminuir. Dessa forma, o doador poderia programar um valor maior para beneficiar uma campanha, e assim pagá-la com o passar do tempo. Isso também seria interessante se a modalidade não tiver juros, o que ainda não foi esclarecido pelo Banco Central.