O Reino Unido proibiu formalmente o grupo mercenário russo Wagner como organização terrorista semanas após a morte do seu líder Yevgeny Prigozhin.
A ordem governamental, aprovada na sexta-feira, torna crime ser membro ou apoiante do grupo paramilitar no Reino Unido.
“A organização mercenária russa, Grupo Wagner, foi hoje proscrita como organização terrorista, depois de uma ordem ter sido emitida no Parlamento na quarta-feira, 6 de setembro”, afirmou o Ministério do Interior num comunicado.
Além de ingressar no grupo ou demonstrar apoio, organizar reuniões do grupo e deslocar a bandeira ou logotipo do Wagner também será considerado crime.
Os considerados culpados de violar a ordem enfrentarão uma pena potencial de prisão de até 14 anos, que pode ser aplicada juntamente ou no lugar de uma multa, acrescentou.
A medida coloca Wagner na mesma categoria do grupo Estado Islâmico, do grupo militante palestino Hamas, do Boko Haram na África e dos paramilitares da Irlanda do Norte, entre outros.
O Grupo Wagner é uma empresa militar privada que estava sob o controle de Prigozhin até sua morte relatada em um acidente de avião em 23 de agosto.
Tem sido uma parte fundamental da força de combate de Moscovo na invasão da Ucrânia pela Rússia.
A secretária do Interior, Suella Braverman, que propôs a proibição na semana passada, disse que Wagner esteve “envolvido em saques, tortura e assassinatos bárbaros”.
Chamando o grupo de “ameaça à segurança nacional”, Braverman acrescentou: “Eles são terroristas, pura e simplesmente – e esta ordem de proibição deixa isso claro na lei do Reino Unido”.
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A proibição permitirá que as autoridades do Reino Unido confisquem os activos da organização num movimento simbólico, uma vez que a Wagner não é conhecida por operar na Grã-Bretanha.
Wagner começou a trabalhar em destacamentos para a Crimeia – ilegalmente anexada pela Rússia em 2014 – e para a região de Donbas, no leste da Ucrânia, na sequência desse ato e, desde então, enviou tropas para vários conflitos no Médio Oriente e em África, incluindo a Guerra Civil Síria.
A proibição entrou em vigor após uma recomendação da influente Comissão de Relações Exteriores do parlamento, em julho, de que Wagner fosse proibido. O comité disse que as autoridades britânicas “subestimaram e subestimaram” a ameaça representada pelo grupo mercenário.
O comitê disse que o futuro de Wagner era incerto após o breve motim armado de Prigozhin contra os principais líderes militares da Rússia, em junho. Os legisladores disseram que a Grã-Bretanha deveria aproveitar a situação confusa para “perturbar” Wagner.
Vários outros aliados da Ucrânia sancionaram os líderes do Wagner e, no início deste ano, as legislaturas da Lituânia e da Estónia aprovaram resoluções declarando-o uma organização terrorista. Os EUA designaram o Grupo Wagner como uma organização criminosa transnacional.
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