A Rússia quer voltar a integrar o Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDHNU) mais de 15 meses depois de ter sido expulsa por invadir a Ucrânia, de acordo com uma proposta renovada que deu aos países membros.
A Rússia foi expulsa do UNHRC em Abril do ano passado, durante uma sessão especial de emergência convocada pela ONU meses após o início da invasão.
Houve 93 votos a favor da medida, 24 contra e 58 abstenções. Autoridades disseram que a expulsão da Rússia sinalizou a “forte censura da comunidade internacional às ações agressivas de Moscou contra um Estado vizinho”.
O país que ficou isolado da cena mundial após a invasão de Vladimir Putin está agora a distribuir um documento de posição aos membros da ONU como um esforço para cortejá-los pelo seu apoio, informou a BBC.
Moscovo prometeu encontrar “soluções adequadas para questões de direitos humanos” e afirmou que impedirá que o Conselho se torne num “instrumento que serve as vontades políticas de um grupo de países”, numa referência indirecta ao Ocidente, refere o relatório.
De acordo com os diplomatas, Moscovo afirma que irá restaurar a sua credibilidade internacional na ONU depois de as suas forças e o seu regime terem sido consistentemente acusados de abusos dos direitos humanos na Ucrânia e dentro das suas próprias fronteiras.
A ONU, numa declaração de Abril do ano passado após a mudança, emitiu uma “grave preocupação” sobre as questões de direitos humanos na Ucrânia.
“Através do texto, a Assembleia expressou a sua grave preocupação com a crise humanitária e de direitos humanos em curso na Ucrânia, observando que as violações foram de tal forma que a Federação Russa deve perder a sua participação no órgão intergovernamental até que seja feita uma revisão. considerado apropriado”, dizia o comunicado oficial.
A Federação Russa instrumentalizou o seu lugar no UNHRC “para espalhar mentiras quase diariamente”, disse o delegado ucraniano na sessão.
Especialistas independentes em direitos humanos, apoiados pela ONU, afirmaram ter trazido à tona provas contínuas de alegados crimes de guerra cometidos pelas forças russas na Ucrânia, incluindo tortura – algumas delas com tal “brutalidade” que levou à morte – e violação de mulheres com idades até aos 83 anos. anos.
Membros da Comissão Independente de Inquérito da ONU sobre a Ucrânia também expressaram preocupações sobre as alegações de genocídio por parte das forças russas e disseram que estão a investigá-las.
A equipa disse que as suas provas mostram crimes cometidos por ambos os lados, mas que muito mais abusos – e uma gama mais ampla deles – foram cometidos pelas forças russas do que pelas tropas ucranianas.
Reescreva o texto para BR e mantenha a HTML tags