Rudy Giuliani pode enfrentar a necessidade de processar Donald Trump, seu parceiro de longa data, devido a um grupo de credores a quem o ex-prefeito de Nova York deve dezenas de milhões de dólares e está sem recursos para pagar. O Comitê de Credores Quirografários, representando pessoas e entidades que têm dívidas com Giuliani, está considerando a possibilidade de processar Trump para reaver o dinheiro devido, segundo uma fonte próxima ao assunto. O grupo tem discutido essa questão desde fevereiro, com o objetivo de cobrar US$ 2 milhões em honorários advocatícios não pagos por Giuliani, resultantes de sua tentativa de anular os resultados das eleições de 2020.
O comitê possui a opção legal de usar o tribunal de falências para obrigar Giuliani a processar o ex-presidente. Apesar de ter afirmado durante sua audiência de falência que os honorários eram devidos pela campanha de Trump ou pelo Comitê Nacional Republicano, e não pelo próprio Trump, Giuliani ainda não se mostrou disposto a processar o presidente. O laço de décadas entre os dois pode ficar abalado diante da dívida de US$ 2 milhões em salários não pagos.
Os credores de Giuliani estão explorando diferentes formas de receber o que lhes é devido, incluindo a possibilidade de forçá-lo a processar a campanha de Trump ou o Comitê Nacional Republicano. O comitê pretende obter evidências do acordo de honorários advocatícios entre Trump e Giuliani para sustentar o litígio.
Giuliani entrou com um pedido de falência do Capítulo 11 em dezembro de 2023, após ser condenado a pagar mais de US$ 148 milhões a dois funcionários eleitorais que ele falsamente acusou de manipular votos. Além disso, ele enfrenta ações judiciais de várias partes, incluindo o IRS, Dominion Voting Systems, Hunter Biden e uma ex-funcionária que o acusou de agressão sexual.
No processo de falência, Giuliani listou seus bens e dívidas, incluindo a possível reivindicação de honorários advocatícios não pagos contra Trump. Durante a audiência, ele estimou dever US$ 2 milhões pelos seus serviços, ressaltando que nunca recebeu os honorários acordados.
A possível ação legal contra Trump dependerá da capacidade do comitê de credores de provar a existência de um acordo, seja verbal ou por outros meios. Caso Giuliani seja forçado a processar o ex-presidente, isso poderá complicar a relação entre os dois, que já enfrentam tensões devido à dívida pendente.
Os desdobramentos financeiros das ações legais relacionadas às eleições de 2020 continuam a crescer, afetando não apenas Giuliani, mas também Trump, que enfrenta custos significativos em suas batalhas legais. A situação demonstra como os eventos políticos e legais podem gerar amplas repercussões financeiras e jurídicas para os envolvidos.