David Cameron parece ter falhado em suas tentativas de persuadir Donald Trump a ajudar a trazer 60 bilhões de dólares em ajuda militar para a Ucrânia. O Ministro das Relações Exteriores visitou o ex-presidente em Mar-a-Lago, mas não conseguiu sequer uma reunião com o presidente do Congresso, Mike Johnson, o homem que poderia, teoricamente, submeter o pacote militar a uma votação. A campanha de Trump disse que a reunião incluiria um jantar, sendo a primeira vez que um ministro sênior se encontrava com Trump desde que ele deixou o cargo em 2021.
Em uma coletiva de imprensa conjunta em Washington, Cameron alertou: “As gerações futuras talvez olhem para nós e perguntem: fizemos o suficiente quando este país foi invadido por um ditador que estava tentando redesenhar as fronteiras pela força? Aprendemos as lições da história? E fizemos o suficiente?”
Isso ocorreu após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitar uma região próxima à linha de frente no nordeste da Ucrânia, em meio ao crescente ataque da Rússia à área. Zelensky visitou fortificações atrás da linha de frente na região e foi acompanhado pelo governador de Kharkiv, Oleh Syniehubov.
Durante sua visita, Zelensky convidou Trump para visitar a Ucrânia, demonstrando-se aberto a ouvir suas propostas para acabar com a guerra. No entanto, Zelensky se mostrou cético em relação a sugestões de entregar a região capturada à Rússia, alertando que tal acordo poderia abrir caminho para mais conquistas russas no futuro.
Outro ponto destacado foi um raro protesto realizado por russos na cidade de Orsk, pedindo compensação após o colapso de uma barragem e inundações na região de Orenburg, perto da fronteira com o Cazaquistão. Os protestos são raros na Rússia, onde as autoridades têm reprimido qualquer forma de dissidência após a invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin.
David Cameron, em sua viagem aos EUA, buscou apoio para a Ucrânia, enfatizando a importância de defender o país contra a agressão russa. Ele instou os políticos americanos a liberar financiamento adicional para reforçar as forças armadas ucranianas, alertando sobre os riscos de não apoiar a luta da Ucrânia contra Putin. Cameron enfatizou a importância de mostrar que os EUA estão ao lado de seus aliados e que não recompensam a agressão, além de destacar o impacto positivo para a segurança ocidental.
Em resumo, a situação na Ucrânia envolve tentativas de obtenção de ajuda militar dos EUA, ceticismo em relação a propostas de acordo e protestos em território russo, ilustrando um cenário de tensão e incerteza na região.