O Ministro das Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, chegou ao Líbano no domingo como parte de tentativas diplomáticas de mediar uma desescalada no conflito na fronteira Líbano-Israel.
Séjourné deveria se reunir com as forças de manutenção da paz das Nações Unidas no sul do Líbano e com o presidente do parlamento libanês, chefe do exército, ministro das Relações Exteriores e primeiro-ministro interino.
O grupo militante libanês Hezbollah tem trocado ataques quase diariamente com as forças israelitas na região fronteiriça – e por vezes fora dela – durante quase sete meses, tendo como pano de fundo a guerra de Israel contra o Hamas, aliado do Hezbollah, em Gaza.
Os ataques israelenses mataram mais de 350 pessoas no Líbano, a maioria delas combatentes do Hezbollah e de grupos aliados, mas incluindo também mais de 50 civis. Os ataques do Hezbollah mataram 10 civis e 12 soldados em Israel.
Um funcionário diplomático francês que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar com jornalistas disse que o objetivo da visita de Séjourné era transmitir os “temores de uma guerra no Líbano” da França e apresentar uma emenda a uma proposta que Paris havia apresentado anteriormente a Líbano para uma resolução diplomática do conflito fronteiriço.
Diplomatas ocidentais apresentaram uma série de propostas para a cessação das hostilidades entre Israel e o Hezbollah. A maior parte delas dependeria da movimentação das suas forças pelo Hezbollah para vários quilômetros da fronteira, de uma presença reforçada do exército libanês e de negociações para que as forças israelitas se retirassem de pontos disputados ao longo da fronteira onde o Líbano afirma que Israel tem ocupado pequenas áreas do território libanês desde que retirou-se do resto do sul do Líbano em 2000.
A proposta francesa anterior teria envolvido a retirada das forças do Hezbollah a 10 quilômetros (6 milhas) da fronteira.
O Hezbollah sinalizou vontade de acolher as propostas, mas disse que não haverá acordo no Líbano antes de haver um cessar-fogo em Gaza.