O presidente Joe Biden teve uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no domingo, em meio a um desgaste no relacionamento dos dois líderes e críticas em uma importante rede de notícias a cabo dos EUA dirigidas ao primeiro-ministro por um parente de um americano detido pelo Hamas.
A Casa Branca descreveu a chamada entre os dois homens como uma discussão sobre “conversações em curso para garantir a libertação de reféns juntamente com um cessar-fogo imediato em Gaza”. Isso ocorreu um dia após o presidente dos EUA participar de um jantar da Associação de Correspondentes da Casa Branca, que foi alvo de protestos contra o apoio dos EUA a Israel durante a guerra em Gaza.
Essa foi a primeira conversa entre Biden e Netanyahu desde que militantes do Hamas divulgaram um vídeo no sábado mostrando um cidadão americano feito refém no ataque de 7 de outubro que matou 1.139 pessoas. Mais de 100 pessoas, incluindo americanos, permanecem prisioneiras do Hamas em Gaza.
Durante a conversa, o presidente mencionou a declaração conjunta com outros 17 líderes mundiais exigindo a libertação dos cidadãos detidos pelo Hamas. Eles também discutiram os preparativos para novas travessias de ajuda humanitária.
Essa conversa ocorre em um momento em que a oposição ao papel dos EUA no conflito parece estar se transformando em um grande movimento de protesto em todo o país. No jantar da Associação de Correspondentes da Casa Branca, manifestantes foram vistos dentro e fora do prédio, protestando contra o apoio dos EUA a Israel.
No programa de TV “Enfrente a nação”, a sobrinha de um dos reféns criticou Netanyahu por, segundo ela, estar evitando um acordo para a libertação dos cativos por razões políticas. Ela mencionou um acordo anterior que resultou em um cessar-fogo temporário no ano passado.
As autoridades dos EUA continuam a insistir que a única forma de alcançar um cessar-fogo em Gaza é a libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas. Na semana passada, Biden sancionou um pacote de segurança nacional que fornece assistência militar a Israel.
A pressão sobre a relação de Biden com Netanyahu aumentou devido às críticas dentro de seu próprio partido. Muitos críticos de Netanyahu estão no estabelecimento do partido de Biden, além da oposição tradicional ao governo israelense à esquerda. Líderes como Chuck Schumer e Nancy Pelosi têm feito apelos relacionados a Israel e ao primeiro-ministro.
Esses eventos refletem a tensão no relacionamento entre os EUA e Israel, enquanto ambos os países buscam uma solução para o conflito em Gaza e para a libertação dos reféns detidos pelo Hamas. A diplomacia continua sendo fundamental para resolver essas questões delicadas e garantir a segurança e a estabilidade na região.