Um magnata bilionário iraniano, Babak Zanjani, de 48 anos, que estava no corredor da morte há quase oito anos teve sua sentença alterada para 20 anos de prisão. Em 2016, ele foi condenado à morte por desvio de fundos do ministério do petróleo para escapar das sanções dos EUA ao Irã.
O judiciário iraniano anunciou que um pedido de clemência foi aprovado pelo líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, que tem a palavra final nesses casos. A decisão de comutar a sentença de Zanjani veio após a devolução de todo o dinheiro desviado ao governo, resultado da cooperação do magnata com as autoridades para localizar seus bens no exterior durante seu período na prisão.
A mudança na sentença de Zanjani reflete os esforços do governo iraniano para obter receitas após anos de sanções dos EUA ao país. Antes de sua prisão em 2013, Babak Zanjani era um dos empresários mais ricos do Irã, com uma fortuna avaliada em US$ 13,5 bilhões (9,5 bilhões de libras) e controlava uma rede de mais de 60 empresas em diversos setores, como cosméticos, hotelaria, petróleo e bancos.
Ele foi acusado de reter US$ 2,7 bilhões (2,2 bilhões de libras) do governo e considerado culpado de corrupção, o crime mais grave do código penal iraniano. Zanjani admitiu ter conduzido bilhões de dólares em negócios petrolíferos através de suas empresas em vários países, como Turquia, Malásia e Emirados Árabes Unidos, acumulando uma fortuna de US$ 10 bilhões, juntamente com dívidas equivalentes.
O magnata enfrentou sanções internacionais por ajudar o governo iraniano a contornar restrições para vender petróleo no exterior, sendo alvo de medidas punitivas da União Europeia e dos EUA em 2012 e 2013. Em 2014, outro empresário bilionário do Irã, Mahafarid Amir Khosravi, foi executado por fraude bancária no valor de US$ 2,6 bilhões.