Redes sociais como o TikTok foram apontadas pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, como parcialmente responsáveis pelas críticas generalizadas ao esforço de guerra de Israel contra o Hamas em Gaza.
Esses comentários foram feitos durante uma conversa no Fórum Sedona 2024 do Instituto McCain em Sedona, Arizona, entre Blinken e o senador Mitt Romney.
Romney, republicano de Utah, questionou o principal diplomata sobre a má reputação de Israel desde o início do conflito em 7 de outubro e por que a percepção pública em relação ao Hamas desapareceu.
Blinken explicou que parte dessa dinâmica se deve à mudança no ambiente midiático, onde as pessoas não confiam mais nas mesmas fontes de notícias e obtêm informações principalmente de redes sociais caóticas.
Romney concordou, destacando a importância de considerar o impacto negativo das redes sociais na narrativa dos eventos atuais.
O secretário dos EUA também enfatizou a situação dos civis palestinos, que continuam a sofrer de forma acentuada.
Essas declarações refletem uma narrativa mais ampla sobre os críticos de Israel nos Estados Unidos, sugerindo que as críticas são influenciadas por agentes externos e não pelos fatos do conflito em si.
Estudantes universitários entrevistados destacaram que as críticas são motivadas por imagens de destruição e sofrimento em Gaza, amplamente causados por Israel com o apoio dos EUA.
Além das redes sociais, o esforço de guerra de Israel também foi criticado por organizações internacionais e políticos nos EUA.
Um relator especial da ONU afirmou que há indícios de genocídio cometido por Israel em Gaza, enquanto um grupo de congressistas democratas instou a administração Biden a reconsiderar a ajuda a Israel diante das evidências de bloqueio de ajuda humanitária a Gaza, resultando em níveis alarmantes de fome entre os civis.
A situação em Gaza se deteriorou a ponto de as autoridades locais não conseguirem mais contabilizar o número de mortos, com milhares de civis mortos desde o início do conflito.