Um cidadão canadense “de ascendência judaica israelense” foi morto a tiros durante um assalto na cidade egípcia de Alexandria, e as autoridades estão investigando o incidente como um caso criminal, informou uma fonte de segurança na terça-feira.
A fonte de segurança afirmou à Reuters que o homem foi morto “com motivo de roubo”. Não houve nenhuma ligação feita pela fonte entre o tiroteio e a origem étnica da vítima.
O Ministério do Interior confirmou o tiroteio, dizendo que o homem era residente permanente do Egito. No entanto, nem o ministério nem a fonte forneceram mais detalhes sobre o ocorrido.
Uma declaração alegando o assassinato por um grupo até então desconhecido chamado “Vanguardas da Libertação” estava circulando pelas redes sociais, mas fontes de segurança afirmaram não ter informações sobre a existência desse grupo ou se ele esteve envolvido no incidente.
Um dia após o início da guerra em Gaza, no passado mês de outubro, decorrente de um ataque de militantes do Hamas ao sul de Israel, dois turistas israelenses e seu guia egípcio foram mortos a tiros em Alexandria, no primeiro ataque desse tipo contra israelenses no Egito em décadas.
Um policial, que alegou ter “perdido o controle”, foi detido em relação a esse incidente.
O tiroteio ocorreu na terça-feira, enquanto as forças israelenses estavam na principal passagem fronteiriça entre Gaza e o Egito, em Rafah, onde mais de um milhão de palestinos deslocados buscavam abrigo durante a ofensiva de Israel, já em seu sétimo mês.
Os militares israelenses anunciaram na quarta-feira a reabertura da passagem de Kerem Shalom para Gaza, um terminal crucial para a entrada de ajuda humanitária que estava fechado desde o fim de semana, após um ataque com foguete do Hamas que matou quatro soldados israelenses nas proximidades.
No entanto, a agência da ONU para os refugiados palestinos informou que a ajuda humanitária ainda não chegou e não há pessoal para recebê-la do lado palestino. Os trabalhadores fugiram durante uma incursão de uma brigada de tanques israelenses na terça-feira, que capturou a passagem próxima de Rafah, entre Gaza e o Egito, mantendo-a fechada.
Essa incursão limitada não parece ser o início de uma invasão em grande escala de Rafah, como Israel havia prometido anteriormente. No entanto, o fechamento prolongado das duas principais passagens pode agravar a crise humanitária em Gaza, onde a ONU indica que uma “fome total” já está em curso no Norte.
Os Estados Unidos suspenderam o envio de bombas para Israel na semana passada devido a preocupações de que o país estivesse prestes a lançar um ataque em grande escala em Rafah, agravando ainda mais as divisões entre os dois aliados próximos.