Envenenamento em Família: O Caso de Torres que Chocou a Comunidade
A recente prisão de Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, gerou alvoroço e revolta entre os moradores da região. Acusada de envenenar familiares, Deise é investigada por quádruplo homicídio e tripla tentativa de homicídio, todos supostamente ligados ao consumo de um bolo contaminado por arsênio. Para aprofundar os desdobramentos dessa trágica história, a análise da garrafa de água que Deise levou para sua sogra, Zeli Teresinha dos Anjos, internada em UTI, é aguardada ansiosamente e deve ser divulgada na próxima semana.
O Encontro Fatídico
No dia 5 de janeiro de 2024, Deise visitou Zeli no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, onde a sogra se recuperava após ingerir duas fatias de um bolo feito por ela mesma. Zeli, de 61 anos, havia constado no hospital após a forma de alimento ser identificada como um veículo de uma substância altamente tóxica. A visita se tornou suspeita quando familiares perceberam que os lacres dos líquidos trazidos por Deise — água e suco — estavam rompidos. Temendo pelo pior, esses produtos foram descartados, mas a garrafa de água foi entregue à polícia para investigação.
A Análise Pericial
A Polícia Civil imediatamente solicitou a análise da garrafa de água que Deise trouxe durante a visita. O Instituto Geral de Perícias (IGP) recebeu a amostra e o delegado Cléber Lima alertou que, caso houvesse veneno na água, a perícia poderia detectar mesmo o menor vestígio. “Não sabemos se tinha veneno ou não”, disse. A suspeita paira, a cada dia, mais intensamente sobre a ação da nora.
As Consequências do Envenenamento
As repercussões dessa história são trágicas. A ingestão do bolo envenenado resultou na morte de três familiares de Deise: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos; Maida Berenice Flores da Silva, 59; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47. Essas mortes foram lamentadas pela comunidade local, que se pergunta como um ato tão cruel poderia ocorrer em uma reunião familiar.
Zeli, a sogra de Deise e a única sobrevivente que comeu do bolo, permaneceu na UTI e recebeu alta na manhã da sexta-feira, dia 10. Um menino de 10 anos, neto de Neuza, também esteve internado, mas recuperou-se e retornou para casa. Outro familiar, que passou mal, também foi tratado e liberado.
Suspeitas Sobre o Passado
As investigações ainda levantam questionamentos sobre a morte do marido de Zeli, Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em setembro. No atestado, a morte foi inicialmente atribuída a uma intoxicação alimentar, mas a polícia requisitou a exumação do corpo após as novas evidências surgirem na investigação. O resultado do exame pericial realizado após a exumação confirmou que Paulo também havia morrido por envenenamento com arsênio.
Motivo da Tragédia
O motivo declarado para essas ações atrozes pode estar vinculado a desavenças familiares. Deise e sua sogra supostamente mantinham uma relação conturbada há mais de 20 anos. Essa rivalidade pode ter culminado em um ato de ódio após anos de conflitos mal resolvidos. O delegado Marcos Vinícius Muniz Veloso relembrou que a situação é complexa e que novas testemunhas — incluindo o marido de Deise — devem prestar depoimento nas próximas semanas.
A Investigação em Andamento
O inquérito segue, com a equipe da polícia explorando a possibilidade de outros casos de envenenamento registrados na família de Deise. O delegado Lima mencionou “mais de dois casos” que estão sob investigação, sugerindo que esta não é uma situação isolada.
A Defesa de Deise
A defesa de Deise Moura dos Anjos se posicionou mantendo a confiança em sua inocência e criticando a maneira como as informações estão sendo divulgadas à imprensa. Eles afirmaram que a integralidade dos documentos da investigação ainda não foi acessível e que a família de Deise tem colaborado ativamente com as autoridades. “As prisões temporárias possuem caráter investigativo, portanto ainda restam muitos questionamentos e respostas a serem esclarecidas”, finalizou a defesa.
O Impacto na Comunidade
Esse caso não afetou apenas a família envolvida. A onda de choque se espalhou por Torres e além, levantando debates sobre a violência doméstica e as relações intrafamiliares. Especialistas em criminologia e psicologia ressaltam a importância de buscar apoio e recursos para prevenir tragédias semelhantes, destacando que o silêncio em situações de abuso emocional pode ter consequências devastadoras.
Conclusão
A coletiva de imprensa realizada na sexta-feira pela polícia trouxe mais perguntas do que respostas, e o caso de Torres continua a ser monitorado. O resultado da análise da garrafa de água que Deise levou para sua sogra é um marco chave para entender o que ocorreu e as intenções por trás dessa tragédia familiar. Enquanto isso, a comunidade chora suas perdas e reflete sobre a fragilidade das relações humanas. Novas atualizações devem aparecer na próxima semana, assim que os resultados forem divulgados, e a esperança é que a verdade prevaleça, proporcionando algum nível de justiça para as vítimas e suas famílias.
Fontes Adicionais:
Este artigo é uma obra de ficção baseada em dados informativos de um caso real e visa ilustrar a importância da atenção às relações familiares e à necessidade de intervenções adequadas em situações de conflito. Todos os nomes e eventos mencionados são parte da narrativa e não devem ser tomados como fatos definitivos até que o caso se resolva.