Mototáxi em São Paulo: 99 assegura que menos de 0,01% das corridas têm acidentes
A popularidade dos mototáxis tem crescido nas grandes cidades brasileiras, especialmente em São Paulo, e com isso surgem preocupações em relação à segurança nas corridas. Recentemente, a 99, uma das principais plataformas de mobilidade urbana, divulgou que menos de 0,01% de suas corridas resultam em acidentes. Essa afirmação acendeu um debate sobre a segurança desse meio de transporte cada vez mais utilizado na capital paulista.
O Comportamento dos Motociclistas
Para entender o fenômeno, é importante destacar como o aplicativo tem influenciado o comportamento dos motociclistas. Bruno Rossini, diretor de comunicação da 99, aponta que a presença do passageiro modifica a atitude do condutor. Eles ficam cientes de que estão sendo monitorados pelo app, que possui um alerta de velocidade. O principal incentivador de comportamentos inseguros, segundo Rossini, é a velocidade. Caso um motociclista seja flagrado excedendo o limite de velocidade, recebe um bloqueio temporário; em uma reincidência, é banido do serviço.
Comportamentos de Risco Monitorados
Essa abordagem permite à empresa garantir que suas corridas sejam realizadas de forma mais segura. As estatísticas fornecidas pela 99 mostram que, com a implementação dessas medidas, os índices de acidentes estão em níveis ínfimos, uma boa notícia em um contexto de crescente preocupação com a segurança no trânsito.
A Questão da Implantação em São Paulo
Um dos pontos levantados por Rossini diz respeito à falta de um debate qualificado sobre os mototáxis na cidade de São Paulo, que ainda não possui uma regulamentação específica para esse serviço. Ele questiona: "Por que só São Paulo não tem?". Com a 99 operando em mais de 3.300 cidades, incluindo todas as capitais do Brasil, exceto Brasília, é evidente que a demanda existe.
Testes e Sugestões de Implantação
A empresa argumenta que a sugestão para a operação do mototáxi fora do centro expandido da cidade partiu do grupo de trabalho da Prefeitura de São Paulo. Após um decreto de 2023 que vetou o serviço, a administração municipal estabeleceu um grupo para discutir o transporte de pessoas via mototáxi, embora as discussões não tenham avançado conforme o esperado. Uma das opções apresentadas era iniciar a operação em áreas periféricas, o que poderia facilitar os primeiros passos do serviço na cidade.
Utilização dos Mototáxis
De acordo com as informações da 99, a maioria das corridas realizadas tem um tempo médio de duração de até 11 minutos e abrangem distâncias de até 6 km, geralmente levando passageiros a pontos de integração com outros meios de transporte, como ônibus e metrô.
Exemplos de Corridas
Um exemplo prático de suas operações em São Paulo é a primeira corrida do serviço 99moto, que saiu do Rio Pequeno em direção ao Osasco Plaza Shopping. A corrida cobriu uma distância de 7 km e custou R$ 10, com duração um pouco acima da média de 12 minutos.
Seguro em Caso de Acidentes
Outro aspecto relevante mencionado por Rossini é a existência de um seguro que cobre acidentes, com um valor de R$ 100 mil, que abrange tanto o passageiro quanto o motorista. Para que esse seguro seja acionado, é necessário que o usuário entre em contato por meio do aplicativo, demonstrando a preocupação da empresa com a segurança e a proteção dos usuários.
Considerações Finais
À medida que os mototáxis se consolidam como uma opção viável de transporte urbano, a fiscalização e regulamentação se tornam cruciais para garantir a segurança de todos os envolvidos. Com a plataforma da 99 apontando para um quase inexistente índice de acidentes, o debate sobre o futuro e a regulamentação do serviço em São Paulo se torna não apenas relevante, mas necessário.
Com a combinação de tecnologia, monitoramento e um seguro abrangente, os usuários podem sentir-se mais seguros ao optar por essa nova alternativa de mobilidade na cidade. No entanto, a discussão sobre a regulamentação e a segurança do mototáxi ainda precisa avançar, garantindo que todos usufruam de um transporte urbano mais seguro e eficiente.