Petroleiro apreendido pelos EUA revela esquema de envio de petróleo da Venezuela a Cuba

Petroleiro apreendido pelos EUA revela esquema de envio de petróleo da Venezuela a Cuba
Imagem Ilustrativa - Petroleiro

Publicidade

Petroleiro apreendido pelos EUA expõe esquema de envio de petróleo da Venezuela para Cuba, apesar de sanções internacionais.

A apreensão de um petroleiro pela Guarda Costeira dos Estados Unidos trouxe à tona um esquema de envio de petróleo da Venezuela para Cuba, realizado apesar das sanções impostas por Washington contra o governo de Nicolás Maduro. O caso aumentou a tensão diplomática na região e reacendeu o debate sobre o impacto das sanções econômicas e as estratégias adotadas por Caracas para manter suas exportações energéticas.

Segundo autoridades americanas, a embarcação transportava petróleo de origem venezuelana e utilizava rotas e registros considerados irregulares, o que levou à interceptação do navio e à abertura de investigações formais.

Tiroteio na Universidade Brown nos EUA
Atirador abre fogo em campus da Brown University em Providence, EUA: 2 mortos, 8 feridos e suspeito ainda não foi capturado, dizem autoridades.

Como funcionava o esquema

De acordo com informações divulgadas pelo governo dos EUA, o petróleo era enviado da Venezuela para Cuba por meio de operações consideradas ilegais, que incluíam mudanças de bandeira do navio, documentação inconsistente e possíveis manobras para ocultar a origem da carga.

O objetivo do esquema seria contornar as sanções internacionais que restringem a comercialização de petróleo venezuelano, especialmente com países aliados politicamente, como Cuba. O combustível é essencial para a ilha, que enfrenta crises recorrentes de abastecimento e apagões frequentes.

Papel de Cuba no acordo energético

Cuba depende fortemente do petróleo venezuelano desde os anos 2000, quando os dois países firmaram acordos de cooperação energética. Mesmo com a queda da produção na Venezuela e o endurecimento das sanções americanas, o fornecimento de combustível nunca foi totalmente interrompido.

Especialistas apontam que a manutenção desse fluxo é estratégica para ambos os governos:

  • Para a Venezuela, garante influência política e apoio diplomático;
  • Para Cuba, representa uma fonte vital de energia para manter a economia e os serviços básicos funcionando.
Carros que mais desvalorizaram no Brasil em 2025
Levantamento da Tabela Fipe mostra veículos elétricos e populares com quedas de até 26% em 12 meses. Saiba quais modelos perderam mais valor.

Reação dos Estados Unidos

O governo dos EUA classificou a operação como uma violação direta das sanções vigentes e afirmou que continuará monitorando o transporte marítimo ligado ao petróleo venezuelano. Autoridades americanas reforçaram que novas apreensões podem ocorrer caso outras embarcações sejam identificadas em situações semelhantes.

Washington sustenta que as sanções têm como objetivo pressionar o governo de Nicolás Maduro a promover mudanças políticas e respeitar direitos democráticos, argumento rejeitado por Caracas.

O governo venezuelano reagiu com críticas à apreensão, acusando os Estados Unidos de “roubo descarado” e interferência ilegal no comércio internacional. Caracas afirma que o petróleo exportado é propriedade legítima do Estado venezuelano e que as sanções americanas são unilaterais e ilegítimas.

Autoridades venezuelanas também reforçaram que continuarão buscando alternativas para manter suas exportações, apesar das restrições impostas por Washington.

A apreensão do petroleiro pelos EUA expôs um esquema que evidencia como a Venezuela continua enviando petróleo a Cuba, apesar das sanções internacionais. O caso aprofunda tensões diplomáticas, coloca novamente o embargo americano no centro do debate e mostra que o petróleo segue sendo um dos principais instrumentos de poder e disputa política no cenário internacional.

Publicidade

Publicidade

Leia mais