A autoridade de saúde pública do Reino Unido emitiu um alerta sobre um surto de envenenamento por E-coli, que já registrou mais de 100 casos em menos de duas semanas. A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA) afirmou que o surto provavelmente está relacionado a alimentos distribuídos nacionalmente ou a uma combinação de diferentes alimentos. Não há evidências de que o surto esteja ligado a fazendas, água potável ou atividades aquáticas em águas contaminadas.
Até o momento, foram confirmados 113 casos de E-coli produtora de toxina Shiga (STEC) associados ao surto, com 81 casos registrados na Inglaterra, 18 no País de Gales, 13 na Escócia e um na Irlanda do Norte. Os casos envolvem desde crianças de dois anos até adultos de 79 anos, sendo a maioria de adultos jovens. Dos 81 casos na Inglaterra, 61 forneceram informações relacionadas a alimentação, viagens e exposições potenciais, com 61% desses casos sendo hospitalizados.
Normalmente, o Reino Unido registra cerca de 1.500 casos de E-coli por ano. A UKHSA alertou que o número de casos confirmados associados ao surto provavelmente aumentará à medida que mais amostras forem analisadas por sequenciamento completo do genoma. Além disso, no mês de dezembro, foram confirmados 30 casos de E-coli (STEC) na Inglaterra e Escócia, com uma fatalidade associada à infecção.
Em março, os organizadores de uma corrida de barcos universitária emitiram um alerta aos remadores para evitarem entrar na água devido aos altos níveis de bactérias E-coli encontrados no rio Tâmisa. As infecções causadas pela bactéria STEC podem resultar em diarreia com sangue grave e possíveis complicações mais sérias.
A UKHSA ressalta que a doença geralmente é transmitida pela ingestão de alimentos contaminados, mas também pode ser transmitida por contato próximo com uma pessoa infectada, contato direto com um animal infectado ou seu ambiente. Recomenda-se ao público lavar as mãos regularmente, seguir práticas de higiene alimentar, como lavar frutas e legumes, e evitar visitar hospitais ou lares de idosos para evitar a propagação da infecção.
Darren Whitby, chefe de incidentes e resiliência da Food Standards Agency, declarou: “A FSA está colaborando com a UKHSA e autoridades de saúde pública para identificar a origem da doença, que provavelmente está ligada a um ou mais alimentos”.
Essa preocupação com a saúde pública reflete a importância de práticas seguras de manipulação de alimentos e higiene pessoal para prevenir surtos de doenças transmitidas por alimentos. A conscientização e a educação sobre os riscos associados à E-coli e outras bactérias patogênicas são fundamentais para proteger a saúde da população.
Portanto, é essencial que tanto os indivíduos quanto as autoridades públicas estejam atentos aos sinais de um possível surto de E-coli e ajam rapidamente para conter a propagação da doença. A colaboração entre agências de saúde e organizações de controle de alimentos é crucial para investigar as origens dos surtos e implementar medidas preventivas eficazes.
Em última análise, a segurança alimentar e a saúde pública são responsabilidades compartilhadas que exigem a cooperação de todos os envolvidos, desde os produtores de alimentos até os consumidores. A prevenção de surtos de E-coli e outras infecções transmitidas por alimentos depende de uma abordagem multifacetada que inclui medidas de vigilância, educação pública e conformidade com regulamentos de segurança alimentar.
A conscientização contínua sobre os riscos de infecções alimentares e a importância da higiene pessoal e da manipulação adequada dos alimentos são essenciais para proteger a saúde e o bem-estar da população. Como cidadãos responsáveis, é crucial adotar práticas seguras de alimentação e higiene para reduzir o risco de doenças transmitidas por alimentos e garantir um ambiente saudável para todos.