Um simples exame de sangue pode detectar a doença de Parkinson sete anos antes do início dos sintomas, representando um avanço significativo no diagnóstico e tratamento da doença. Pesquisadores utilizaram inteligência artificial (IA) para prever a doença, que resulta da morte de células nervosas no cérebro responsáveis pelos movimentos. A descoberta sugere que o diagnóstico precoce poderia levar a tratamentos que retardam ou interrompem a progressão do Parkinson.
Os cientistas identificaram oito proteínas no sangue que, quando analisadas, podem identificar potenciais pacientes com Parkinson vários anos antes do aparecimento dos sintomas. Isso possibilitaria a administração de terapias medicamentosas em estágios iniciais, protegendo assim as células cerebrais produtoras de dopamina.
A pesquisa, financiada pela Parkinson’s UK, foi capaz de diagnosticar a doença com 100% de precisão usando um ramo de IA chamado aprendizado de máquina. A esperança é que esse exame de sangue possa levar a um diagnóstico mais claro e a um melhor tratamento para o Parkinson. Com mais investigação, o teste poderia até distinguir o Parkinson de outras condições semelhantes.
Além da previsão da doença, o teste também foi capaz de antecipar se alguém desenvolveria Parkinson. Pacientes com Transtorno Comportamental de Movimento Rápido dos Olhos (iRBD) foram analisados, mostrando que a IA previu corretamente que 16 pacientes desenvolveriam Parkinson até sete anos antes dos sintomas aparecerem.
Atualmente, no Reino Unido, cerca de uma em cada 37 pessoas será diagnosticada com Parkinson durante a vida, e há 153.000 pessoas vivendo com a doença. Os pesquisadores buscam financiamento para aprimorar o teste, tornando-o mais acessível e prático, com a possibilidade de prever o Parkinson antes mesmo do surgimento dos sintomas.
A pesquisa, publicada na Nature Communications e financiada por várias instituições, incluindo a União Europeia e fundações de pesquisa em saúde, representa um passo importante na busca por um teste diagnóstico eficaz e não invasivo para a doença de Parkinson. Isso poderia revolucionar o tratamento da doença, permitindo intervenções precoces que melhoram a qualidade de vida dos pacientes.
Em resumo, o estudo mostra que um simples exame de sangue pode mudar o cenário do diagnóstico e tratamento do Parkinson, oferecendo esperança e oportunidades para um melhor gerenciamento da doença. Com o avanço da tecnologia e da pesquisa, a detecção precoce do Parkinson pode se tornar uma realidade em um futuro próximo, beneficiando milhões de pessoas em todo o mundo.