Uma nova bateria inovadora poderia permitir um carregamento dramaticamente mais rápido e melhor desempenho em baixas temperaturas, de acordo com os engenheiros que a criaram.
Um novo material feito de pequenas moléculas poderia ser incluído nas baterias para permitir que elas tenham um desempenho dramaticamente melhor: carregando muito mais rapidamente e funcionando mesmo em temperaturas extremas, até -80 graus Celsius.
As baterias recarregáveis de íons de lítio permitiram muitas das inovações tecnológicas que nos rodeiam hoje, desde telefones a carros elétricos, e espera-se que sejam uma parte fundamental do futuro sustentável. Mas a tecnologia atual é limitada na sua potência e velocidade de carregamento – além de só poder funcionar dentro de uma gama limitada de temperaturas.
Muitas das tentativas de resolver esse problema enfrentam seus próprios problemas. Alguns oferecem carregamento mais rápido, mas quebram rapidamente e têm um ciclo de vida mais curto, por exemplo.
Na nova pesquisa, entretanto, os cientistas sugerem o uso de solventes orgânicos para atualizar o eletrólito da bateria. A mudança desse solvente para um material conhecido como fluoroacetonitrila, composto de pequenas moléculas, parece melhorar drasticamente o modo como elas funcionam.
Esse eletrólito é uma parte fundamental do funcionamento das baterias de lítio: eles são semelhantes ao “sangue” da bateria, permitindo que íons importantes se movam entre os eletrodos. Ele permite que a bateria converta a energia armazenada em seu interior em energia elétrica utilizável – fornecendo-a a um carro ou telefone, por exemplo.
Como tal, muitas pesquisas sobre baterias analisam solventes alternativos que poderiam resolver alguns dos problemas das baterias existentes. A maioria das baterias de lítio comumente usadas em diversas aplicações usa uma solução de sal de lítio, mas os pesquisadores acreditam que tentar opções diferentes pode melhorar o desempenho das baterias.
A nova pesquisa “abre caminhos de pesquisa para o desenvolvimento da próxima geração de baterias de íons de lítio”, de acordo com um artigo escrito por pesquisadores distantes da descoberta. Além do mais, a descoberta poderia permitir novos tipos de sistemas de armazenamento de energia, ao contrário da nossa atual tecnologia baseada em lítio, dependendo, em vez disso, de sódio, potássio e outros tipos de íons.
O trabalho é descrito em um novo artigo, ‘Condução ultrarrápida de íons de lítio habilitada por canal de ligante’, publicado em Natureza.