Uma nave espacial da Nasa quase colidiu com um satélite russo, escapando por pouco de uma colisão desastrosa, informou a agência espacial.
Durante a noite, a Nasa emitiu um alerta urgente, avisando que ela e o Departamento de Defesa dos EUA estavam monitorando uma “potencial colisão”. Embora tenha ressaltado que “esperava-se que não se encontrassem”, alertou que “uma colisão poderia resultar na geração significativa de detritos”.
A nave espacial da Nasa envolvida foi a Missão Termosfera Ionosfera Mesosfera Energética e Dinâmica, ou TIMED. Lançada em 2001, a nave está em órbita desde então.
Ela estuda como o Sol e os seres humanos estão alterando a “região menos explorada e compreendida da atmosfera terrestre – a mesosfera e a baixa termosfera/ionosfera”. Essa é a parte da atmosfera onde a energia do Sol atinge pela primeira vez o ambiente terrestre.
Estava em risco de colidir com o Cosmos 2221, um satélite russo inativo lançado em 1992.
Horas após emitir o alerta, a Nasa informou que as duas espaçonaves se cruzaram em segurança.
“Embora os dois satélites não manobráveis se aproximem novamente, esta foi a passagem mais próxima nas atuais determinações de órbita previstas, à medida que se afastam gradualmente em altitude”, relatou em uma atualização.
A Leolabs, uma empresa de dados espaciais que rastreia objetos em órbita, descreveu o evento como “muito próximo para ser confortável”. Os dois se desviaram por menos de 20 metros, informou.
“Este evento é notável porque é raro”, postou no Twitter, destacando que ocorreram apenas seis eventos semelhantes nos últimos dois anos. A colisão poderia ter gerado até 7.000 fragmentos no espaço, potencialmente aumentando em 50% a quantidade de detritos na órbita terrestre baixa.
Esses detritos poderiam ter colidido com outros satélites, além de representarem um risco para voos espaciais tripulados, alertou a empresa.
Especialistas têm alertado repetidamente sobre o perigo representado pela grande quantidade de satélites e outros materiais no espaço, muitos dos quais são considerados “lixo espacial”. Alguns temem que isso possa dificultar ou até impossibilitar futuros lançamentos ao espaço.