A Comissão Europeia iniciou uma investigação formal sobre a Meta, empresa proprietária do Facebook, relacionada a questões de segurança infantil e saúde mental.
A gigante tecnológica dos Estados Unidos foi acusada de possivelmente violar a Lei de Serviços Digitais (DSA), aprovada na União Europeia no ano passado, com o objetivo de evitar que as plataformas de redes sociais incentivem comportamentos viciantes, disseminem desinformação e promovam fraudes online.
“Hoje nós abrimos um processo formal contra a Meta”, afirmou Thierry Breton, comissário da UE para o mercado interno, em comunicado na quinta-feira.
“Não estamos convencidos de que a empresa tenha feito o suficiente para cumprir as obrigações da DSA no intuito de mitigar os riscos de efeitos negativos na saúde física e mental dos jovens europeus em suas plataformas Facebook e Instagram… Não medimos esforços para proteger nossos filhos.”
Parte da investigação visa descobrir os denominados efeitos “looping”, que alimentam os usuários com conteúdo gerado por algoritmos que podem ter impactos negativos em sua saúde mental.
A Meta respondeu à investigação alegando que vem desenvolvendo ferramentas e métodos para proteger usuários online mais jovens nos últimos 10 anos.
“Queremos que os jovens tenham experiências online seguras e adequadas à idade e passamos uma década desenvolvendo mais de 50 ferramentas e políticas destinadas a protegê-los”, afirmou um porta-voz.
“Este é um desafio que toda a indústria enfrenta e estamos ansiosos para compartilhar detalhes do nosso trabalho com a Comissão Europeia.”
Caso seja considerada uma violação das regras da DSA, a Meta poderá enfrentar uma multa de até 6% de seu volume de negócios anual global.
A empresa gerou receitas de US$ 134,9 bilhões (£107 bilhões) em 2023, de acordo com seus resultados financeiros mais recentes, o que significa que a multa poderá chegar a US$ 8 bilhões.