A investigação arqueológica no Oriente Médio está revelando como uma antiga civilização, há muito esquecida, utilizou uma linguagem anteriormente desconhecida para promover o multiculturalismo e a estabilidade política.
As descobertas inovadoras também estão lançando uma nova luz sobre o funcionamento dos primeiros impérios.
Escavações em curso na Turquia – nas ruínas da antiga capital do império hitita – estão produzindo evidências notáveis de que a função pública imperial incluía departamentos inteiros dedicados totalmente ou parcialmente à investigação das religiões dos povos subjugados.
A evidência sugere que, já no segundo milênio a.C., os líderes hititas instruíam seus funcionários públicos a registrarem liturgias religiosas e outras tradições dos povos subjugados, escrevendo-os em seus respectivos idiomas locais (mas na escrita hitita) – para que essas tradições pudessem ser preservadas e incorporadas no sistema religioso altamente inclusivo do império.
Até agora, os especialistas em línguas antigas descobriram que os funcionários públicos hititas preservaram e registraram documentos religiosos de pelo menos cinco grupos étnicos subordinados.
O exemplo mais recente foi descoberto há apenas dois meses. Acabou sendo escrito em uma língua do Oriente Médio até então desconhecida, perdida há até 3.000 anos.
. . . (o restante do texto é mantido) . . .