A economia do Reino Unido está passando por um momento difícil, com previsões pessimistas indicando um crescimento lento nos próximos dois anos. De acordo com a OCDE, o país ficará atrás dos demais membros do G7, com uma expansão do PIB projetada em apenas 0,4%.
Essa redução na previsão de crescimento é um golpe para o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que prometeu priorizar o crescimento econômico. A OCDE destaca que salários mais altos no Reino Unido podem impulsionar os gastos dos consumidores, mas também contribuir para pressões inflacionárias.
A organização sediada em Paris também prevê que o Banco da Inglaterra começará a reduzir as taxas de juros, que atualmente estão no nível mais alto dos últimos 15 anos. A previsão é de que as taxas caiam para 3,75% até o final de 2025.
Além disso, a taxa de desemprego no Reino Unido deve aumentar. A OCDE projeta que a taxa de desemprego alcance 4,7% em 2025, à medida que o mercado de trabalho esfria. O relatório ressalta a necessidade de prudência fiscal até que a meta de inflação do Banco da Inglaterra de 2% seja alcançada.
Em resposta ao relatório, Hunt afirmou que a prioridade no combate à inflação com taxas de juros mais altas foi necessária, mas agora o foco deve ser no crescimento econômico. Ele destaca a previsão do FMI de um crescimento mais rápido no Reino Unido em comparação com outros países europeus do G7 ou o Japão nos próximos seis anos.
Por outro lado, Darren Jones, secretário-sombra do Partido Trabalhista no Tesouro, criticou os conservadores britânicos, afirmando que a economia está quebrada após 14 anos de fracasso e que eles são responsáveis por isso.
Diante dessas previsões desafiadoras, fica claro que o Reino Unido enfrentará obstáculos para impulsionar seu crescimento econômico nos próximos anos. As incertezas relacionadas à inflação, taxa de desemprego e desafios estruturais exigirão medidas cuidadosas por parte do governo e do Banco da Inglaterra para garantir uma recuperação sustentável da economia britânica.