A família de um adolescente que morreu após um violento ataque de seus colegas de classe em uma escola na Califórnia chegou a um acordo de US$ 27 milhões com o distrito escolar.
Diego Stolz, 13, morreu de lesão cerebral em 2019, depois de ser espancado por agressores na Landmark Middle School, cerca de 105 quilômetros a leste de Los Angeles.
Um dos adolescentes atingiu Diego na cabeça por trás, fazendo-o cair e bater a cabeça em um pilar de concreto.
O grupo de adolescentes continuou a socar Diego, que morreu nove dias depois no hospital. O ataque foi registrado em vídeo.
Após sua morte, a família Stolz moveu uma ação judicial contra o distrito escolar, onde alegou que a escola havia sido notificada várias vezes de que Diego estava sofrendo bullying.
Na ação, os tios de Diego, Juana Salcedo e Felipe Salcedo – que se tornaram tutores do menino de 13 anos após a morte de seus pais – afirmam que denunciaram o bullying aos administradores da escola diversas vezes em 2018 e 2019.
Afirmam ainda que Diego reclamou ao subdiretor que estava sofrendo bullying apenas três dias antes do ataque que culminou em sua morte.
“O vice-diretor disse a Diego para tirar folga na sexta-feira e que tudo estaria resolvido quando ele voltasse na segunda-feira”, dizia um comunicado.
A ação por homicídio culposo, movida pela família do adolescente, diz que “os administradores não intervieram apesar de relatos anteriores de agressão”.
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Após a morte de Diego, a escola admitiu que os administradores nunca relataram uma agressão anterior à polícia – apesar de serem legalmente obrigados a fazê-lo.
Dave Ring, advogado da família Stolz, disse que a morte do menino poderia ter sido evitada se houvesse uma política anti-bullying em vigor na escola na época.
Agora – quatro anos após a sua morte – o acordo multimilionário foi alcançado entre as duas partes.
Ring disse que o acordo é o mais alto já registrado nos EUA em um caso de bullying, relatou NBC Los Angeles.
“A família sempre ficará com o coração partido pela morte de Diego, mas eles esperam que este caso provoque mudanças nos distritos escolares de todo o país”, disse Ring.
“As escolas devem compreender que o bullying nunca pode ser tolerado e que quaisquer denúncias de bullying ou agressão devem ser levadas a sério.
Juana Salcedo, tia e tutora de Diego Stolz, de 13 anos, chora durante entrevista coletiva
(Boletim Diário do Vale Interior/SCNG)
“A morte de Diego poderia ter sido evitada se esta escola simplesmente tivesse priorizado uma política anti-bullying.”
Os agressores do ataque, que tinham 14 anos na época, apresentaram no tribunal de menores o equivalente a confissões de culpa por homicídio culposo e agressão com força que provavelmente causaria grandes lesões corporais.
Eles passaram apenas 47 dias sob custódia juvenil.
Um juiz recusou-se a sentenciá-los a mais penas de prisão, mas ordenou que se submetessem a uma terapia de controlo da raiva.
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