A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visitaram no domingo um centro de migrantes na ilha de Lampedusa, no extremo sul da Itália, que foi sobrecarregada com quase 7.000 chegadas num período de 24 horas esta semana.
As tensões aumentaram na ilha desde então, com os residentes a expressarem impaciência com o fluxo constante de migrantes que tentam chegar à Europa vindos do Norte de África e chegam às suas costas, com picos ocasionais, durante décadas.
Imagens de televisão mostraram Meloni falando com os ilhéus expressando suas frustrações; ela disse-lhes que o governo estava a trabalhar numa resposta robusta, incluindo 50 milhões de euros (53,4 milhões de dólares) para ajudar a ilha. Uma pessoa não identificada no meio da multidão disse que não era só de dinheiro que eles precisavam.
Os recém-chegados também se irritaram com a longa espera para serem transferidos para o continente; Imagens de TV no sábado mostraram centenas de pessoas avançando em direção ao portão enquanto a polícia usava escudos para contê-los. Noutras imagens, migrantes solteiros saltaram a cerca do centro de migrantes. Cerca de 2.000 permaneceram neste fim de semana depois que outros 500 chegaram no sábado.
Face à crise, Meloni prometeu medidas mais duras e apela a um bloqueio naval do Norte de África para impedir a partida de migrantes em barcos de contrabandistas. O seu ministro do Interior realizou no sábado uma videochamada com homólogos da União Europeia, incluindo França, Alemanha e Espanha, para procurar uma linha comum.
A crise está a desafiar a unidade dentro da UE e também o governo de extrema-direita liderado por Meloni.
O vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, líder da populista Liga de direita, desafiou a eficácia de um acordo entre a UE e a Tunísia que pretendia impedir as partidas em troca de ajuda económica. Ele receberá a líder da direita francesa, Marine Le Pen, em um comício anual da Liga no norte da Itália, no domingo.
A maioria dos migrantes que chegaram esta semana partiu da Tunísia.
O número de migrantes que fazem a perigosa viagem marítima para Itália duplicou em relação ao ano passado e está a caminho de atingir números recordes atingidos em 2016.
— Acompanhe a cobertura de migração global da AP em https://apnews.com/hub/migration
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