Os inúmeros encarceramentos sucessivos em condições prisionais cada vez mais severas não conseguiram quebrar Alexei Navalny. Ele manteve uma campanha incansável contra o governo autocrático de Vladimir Putin, mesmo atrás das grades, permanecendo o oponente mais proeminente do presidente na Rússia.
Durante três semanas deste mês, Navalny desapareceu, preocupando sua equipe jurídica, familiares e amigos. Autoridades por todo o país alegaram não saber onde ele estava. No entanto, ele reapareceu repentinamente da colônia penal IK-3 no Círculo Polar Ártico, a quase 2.000 quilômetros de Moscou.
O desaparecimento de Navalny foi motivo de grande preocupação para russos e estrangeiros, com especialistas em direitos humanos da ONU expressando preocupação com a saúde e a vida dele.
Navalny ficou conhecido por acusar Putin e sua hierarquia de corrupção, chamando o presidente de “louco” e seu partido de “vigaristas e ladrões”. Ele incentivou o povo a agir contra a corrupção na Rússia, apontando as atividades do aparelho de segurança e denunciando a injustiça no país.
Ao longo dos anos, Navalny enfrentou ataques físicos, detenções e processos criminais. Ele foi vítima de uma tentativa de assassinato por envenenamento, resultando em evacuação para a Alemanha para tratamento que salvou sua vida.
Apesar de todos esses desafios, Navalny continuou a se manifestar e a publicar artigos e manifestos sobre assuntos atuais. Sua fundação também permaneceu ativa, instando os cidadãos a votarem em qualquer um, exceto em Putin, nas próximas eleições presidenciais.
O desaparecimento recente de Navalny e as novas acusações surgiram no momento em que Putin lançava sua campanha para um quinto mandato, visando uma vitória eleitoral que o manteria no poder por 30 anos, o imitando Joseph Stalin.