O Papa Francisco ainda está resfriado e novamente teve que limitar seu discurso em uma audiência semanal na Praça de São Pedro, pedindo a um assessor para ler o texto preparado.
A saúde do pontífice de 87 anos tem sido motivo de preocupação nas últimas duas semanas, levando-o a cancelar alguns compromissos e a evitar a leitura de discursos.
O Vaticano informou em 24 de fevereiro que Francisco estava sofrendo de gripe leve. Na semana passada, o pontífice fez uma breve visita a um hospital em Roma para realizar uma tomografia computadorizada e, no sábado, explicou que estava com bronquite.
Nesta quarta-feira, Francisco disse à audiência que não conseguiria ler devido ao resfriado e delegou as leituras. No entanto, no final do evento, ele falou brevemente, cumprimentando alguns fiéis e pedindo paz na Ucrânia e no Oriente Médio.
Na semana passada, o Papa tossiu repetidamente durante os cultos de Quarta-Feira de Cinzas em uma igreja romana e optou por não participar da tradicional procissão que marca o início da Quaresma.
Devido às dificuldades de mobilidade de Francisco, ele chegou à audiência em seu veículo especialmente projetado, conhecido como papamóvel, e caminhou até seu lugar com uma bengala. Após a audiência, ele precisou ser colocado em uma cadeira de rodas para cumprimentar as pessoas. Ao tentar retornar ao papamóvel, ele parecia incapaz e precisou ser ajudado a voltar para a cadeira de rodas para deixar a Praça de São Pedro.
Essas dificuldades de mobilidade podem afetar os planos de viagem do Papa para este ano, que incluem visitas à Bélgica, Timor Leste, Papua Nova Guiné e Indonésia em datas não especificadas. Na Itália, ele tem viagens agendadas para Veneza em 28 de abril e Verona em 18 de maio.
O Papa argentino teve parte de um pulmão removido quando jovem devido a uma infecção respiratória e, em 2021, passou por uma cirurgia para remover parte de seu cólon devido a uma inflamação intestinal. Desde o ano passado, ele utiliza cadeira de rodas e bengala por conta de uma distensão nos ligamentos e uma pequena fratura no joelho, que dificultam sua locomoção.
Apesar das questões de saúde, o pontífice continuou ocupado nos últimos dias, reunindo-se com o chanceler alemão, Olaf Scholz, no sábado, e fazendo um apelo pela paz em Gaza no domingo.