Uma famosa estrela iraquiana das redes sociais foi morta a tiros fora de sua casa em Bagdá, de acordo com autoridades locais.
A influenciadora do TikTok, Om Fahad, conhecida também como Ghufran Sawadi, foi baleada dentro de seu carro por “assaltantes desconhecidos” na sexta-feira, conforme divulgado pelo Ministério do Interior do Iraque. Ela era descrita como “conhecida em sites de redes sociais”.
O assassinato ocorreu no bairro de Zayne, no leste de Bagdá, quando um homem armado em uma motocicleta disparou contra ela, conforme mostram as imagens divulgadas pelo canal de comunicação privado iraquiano Al Sharqiya.
Uma equipe especializada foi designada para investigar as circunstâncias que levaram à morte da influenciadora, de acordo com o Ministério do Interior.
De acordo com uma fonte de segurança iraquiana, o agressor aparentemente fingiu fazer uma entrega de comida para se aproximar da vítima, conforme relatado pela agência de notícias AFP.
Além de Om Fahad, outra mulher também ficou ferida no ataque, informou a agência de notícias norte-americana Al Hurra.
A influenciadora era conhecida por compartilhar vídeos dançando ao som de música iraquiana e usando roupas justas. Ela conquistou uma grande quantidade de seguidores ao dançar músicas pop iraquianas de forma alegre e animada.
No entanto, seus vídeos causaram controvérsia em algumas partes da sociedade conservadora e majoritariamente muçulmana do Iraque. Em fevereiro do ano passado, ela foi condenada a seis meses de prisão por compartilhar vídeos considerados indecentes e que iam contra a moral pública.
A condenação ocorreu após o Ministério do Interior do país formar uma comissão para investigar denúncias de postagens consideradas indecentes e criar um canal para denúncias públicas. O site recebeu milhares de relatórios sobre conteúdo considerado inapropriado.
O Ministério afirmou que iria agir para limpar as redes sociais de conteúdo que violasse a moral e tradições do Iraque.
Em seguida, as autoridades judiciais anunciaram que 14 pessoas foram acusadas de publicar conteúdo considerado indecente ou imoral, resultando em seis condenações à prisão.
Dentre os acusados estavam Sawadi e outras pessoas que compartilhavam vídeos de música, esquetes humorísticas e comentários sociais sarcásticos. Alguns vídeos apresentavam danças consideradas provocativas, linguagem obscena ou abordavam questões sensíveis relacionadas a gênero.