Nesta quarta-feira, o presidente Joe Biden desafiou o ex-presidente Donald Trump para dois debates em junho e setembro, rejeitando o calendário tradicional. Esta é uma jogada ousada que pretende demonstrar que ele não tem medo de confronto.
Em Washington, no entanto, o presidente conseguiu irritar tanto democratas quanto republicanos com sua política em relação a Israel no meio do conflito com o Hamas em Gaza.
Biden afirmou na semana passada que os Estados Unidos não apoiariam Israel se o país continuasse a bombardear Gaza. No entanto, na terça-feira, a administração informou o Congresso que planejava enviar mais de um bilhão de dólares em novas armas para Israel.
Essa divisão de opiniões acabou irritando a todos. Os republicanos, furiosos porque Biden reteve parte da ajuda a Israel, propuseram uma legislação que proíbe o uso de fundos federais para interromper a entrega de armas ou serviços de defesa a Israel.
Enquanto os democratas criticam a postura de Biden em relação ao conflito em Gaza, também estão descontentes com a retirada de um relatório do Departamento de Estado que indicava violações do direito humanitário internacional por parte de Israel.
Os senadores Chris Van Hollen, de Maryland, e Tim Kaine, da Virgínia, expressaram desapontamento com as decisões da administração em relação a Israel.
Ao longo do conflito, Biden tem apoiado firmemente Israel, mesmo diante das críticas de membros do Partido Democrata, como o Esquadrão na Câmara, que questionam a venda de armas ao país.
A administração Biden enfrenta críticas tanto dos democratas, que discordam de sua postura em relação a Israel, quanto dos republicanos, que acreditam que a ajuda a Israel deve ser incondicional.
De alguma forma, o presidente conseguiu irritar a todos os lados. A questão de Israel continua sendo um ponto de tensão na política externa dos Estados Unidos.
Devemos aguardar cenas dos próximos capítulos para ver como Biden lidará com essa situação delicada que envolve interesses internacionais e posicionamentos políticos opostos.