As bactérias poderiam ser usadas para melhorar a fertilidade do solo lunar para nos permitir viver na Lua, disseram os cientistas.
O novo estudo inovador combinou três bactérias diferentes no solo lunar para ver como isso afetaria o crescimento de uma planta – e descobriu que ajudou dramaticamente a melhorar a fertilidade do material retirado da Lua. Adicionar as três bactérias ao solo ajudou os pesquisadores a desenvolver o planeta, que era um parente do tabaco chamado Benth.
As bactérias atuam aumentando a quantidade de um tipo de fósforo no solo. Esse é um nutriente importante para as plantas e adicionar mais significa que as plantas crescerão mais facilmente e serão mais populosas.
Estudos anteriores mostraram que é possível cultivar agrião em solo lunar. Mas descobriu-se que é difícil sustentar as plantas e estudos mostram que é na verdade pior do que as cinzas vulcânicas do nosso próprio planeta.
Além do mais, o solo lunar tem menos nitrogênio, necessário para o cultivo de plantas. O fósforo que existe também vem numa forma que não pode ser utilizada pelas plantas.
Portanto, se quisermos viver na Lua, os cientistas terão de encontrar novas formas de cultivar plantas, o que exigirá a melhoria da qualidade do solo. E os investigadores sugerem que o trio inovador de bactérias pode ser um passo fundamental nesse sentido.
Isto, por sua vez, ajudará a sustentar a vida em futuras bases lunares, observam os investigadores num novo estudo publicado hoje.
O trabalho é descrito em um novo artigo, ‘Bactérias solubilizadoras de fósforo melhoram o crescimento de Nicotiana benthamiana no simulador de regolito lunar ao dissociar fósforo inorgânico insolúvel’ publicado em Biologia das Comunicações. O estudo foi conduzido por Zhencai Sun e colegas da Universidade Agrícola da China, em Pequim.
Na pesquisa, os cientistas colocaram sementes de Benth no solo lunar que havia sido tratado com as três bactérias: B. mucilaginosus, B. megaterium e P. fluorescens. Eles então deixaram as plantas crescerem normalmente.
Eles descobriram que as plantas que cresceram em solo tratado com a bactéria tinham 104% mais clorofila do que aquelas que cresceram em outro solo que continha apenas bactérias mortas.
Além do mais, as plantas cultivadas com o estimulante especial tinham caules e raízes mais longos após seis dias de crescimento, e eram mais pesadas e tinham cachos de folhas mais largos após 24 dias de crescimento em comparação com o grupo de controle.
Os materiais, portanto, “têm grande valor de aplicação e perspectivas para futuras explorações espaciais”, concluem os investigadores.
Mas eles também observam que é preciso ter cuidado quando ele for realmente usado. A introdução de bactérias em solo estranho pode “representar uma ameaça para as tripulações humanas”, alertam os cientistas.
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