O CEO da Peloton, empresa conhecida por suas aulas virtuais de ciclismo em bicicletas inteligentes para uso doméstico, está deixando o cargo e a empresa planeja cortar 15% de sua força de trabalho em meio aos desafios enfrentados nos últimos tempos.
A empresa teve um crescimento significativo durante os períodos de lockdown, à medida que as pessoas buscavam alternativas para se exercitar sem sair de casa. No entanto, desde então, tem enfrentado problemas com recalls, entregas e desaceleração no crescimento, o que resultou em uma queda de 88% no preço das ações desde sua abertura de capital em setembro de 2019 e de 98% desde o auge da pandemia.
O CEO Barry McCarthy não explicou os motivos específicos para sua renúncia, mas descreveu os dois anos à frente da empresa como desafiadores em vários aspectos. Ele assumiu o cargo em fevereiro de 2022, sucedendo o cofundador John Foley, e tentou diversas estratégias para reverter a situação, como encerrar ofertas gratuitas e ajustar os preços dos produtos.
No entanto, a empresa não registra lucro desde 2020 e apresentou uma queda nas receitas, com prejuízo de 167 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano – uma redução em relação aos 276 milhões de dólares no mesmo período do ano anterior.
McCarthy declarou que seu objetivo ao entrar na empresa era estabilizar o fluxo de caixa, redistribuir as funções e retornar ao crescimento. Ele afirma ter alcançado as duas primeiras metas e confia na equipe para atingir a terceira no próximo ano.
A presidente atual da Peloton, Karen Boone, e o diretor Chris Bruzzo assumirão como CEOs interinos, enquanto McCarthy permanecerá no cargo até o final do ano. A empresa está em busca de um substituto para o cargo de CEO.