As emissoras de TV tradicionais parecem estar retomando seu espaço no mercado contra os novos concorrentes de streaming.
Nos últimos anos, emissoras como a BBC, ITV e Channel 4 enfrentaram desafios consideráveis com o surgimento de novos serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime. Apesar dessas emissoras terem desenvolvido suas próprias plataformas de streaming, como BBC iPlayer e ITVX, muitos acreditavam que elas poderiam ser superadas por essas novas e populares plataformas.
Entretanto, essas emissoras tradicionais agora mostram um crescimento mais acelerado do que seus concorrentes de streaming, segundo dados oficiais fornecidos ao O Independente.
Essas emissoras – referidas na indústria como serviços de emissora VOD, ou BVOD – experimentaram um aumento de 11% em sua participação nos minutos assistidos pelos telespectadores no primeiro semestre deste ano. Em contraste, as plataformas de streaming registraram um declínio de quatro por cento.
Embora esse efeito não seja tão acentuado entre os jovens, ainda é notável. As emissoras tradicionais registraram um crescimento de sete por cento, enquanto os serviços de streaming tiveram uma queda de dois por cento.
As plataformas BVOD também registraram um aumento significativo na audiência. Medido em minutos de visualização, o Channel 4 teve um crescimento de 32%, a ITV viu um aumento de 25% e a BBC cresceu 23%.
Por outro lado, a audiência de algumas plataformas de streaming caiu. A Amazon Prime Video, por exemplo, teve uma queda de três por cento, de acordo com os mesmos dados, embora a Netflix tenha experimentado um aumento de seis por cento.
Esses dados se referem ao período desde o início do ano até 9 de junho, o que significa que não capturam os hábitos de visualização mais recentes, incluindo o impacto dos eventos esportivos recentes, como os euros.
Ainda não está claro por que os telespectadores parecem estar voltando às emissoras tradicionais. Esse fenômeno ocorre em meio a uma crise no custo de vida e ao lançamento de novas plataformas, como a Freely, que resulta da união das principais emissoras do Reino Unido para lançar sua própria plataforma de streaming online.
No entanto, esses novos serviços de assinatura ainda estão demonstrando crescimento. Dados adicionais divulgados pela Barb no início deste mês indicam que mais lares do que nunca têm acesso a pelo menos um desses serviços.
A Netflix continua sendo a mais popular, com 58% dos lares tendo acesso a uma conta, embora esse número tenha caído um ponto percentual em relação ao período anterior.
Por outro lado, serviços de streaming menores, como Amazon Prime Video, Disney+ e Apple TV+, apresentaram crescimento.
O Barb alertou que os dados podem ser limitados, pois se baseiam em amostras e os respondentes da pesquisa podem não estar cientes se possuem uma assinatura paga por outra pessoa, por exemplo.
As emissoras de TV tradicionais, como a BBC, ITV e Channel 4, que vêm enfrentando a feroz competição dos serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime nos últimos anos, estão mostrando sinais de recuperação e crescimento mais rápidos que seus concorrentes. Nos últimos anos, essas instituições tradicionais do entretenimento enfrentaram grandes desafios colocados por novas plataformas, que atraíram a atenção de muitos telespectadores. Contudo, elas se adaptaram desenvolvendo suas próprias plataformas de streaming, como BBC iPlayer e ITVX, buscando assim lutar de igual para igual com os serviços mais modernos e tecnologicamente avançados.
Mesmo com a expectativa de que as plataformas de streaming iriam superar as emissoras tradicionais, os dados recentes indicam um panorama diferente. De acordo com informações fornecidas ao O Independente, as emissoras tradicionais registraram um crescimento significativo em termos de minutos assistidos por espectador, com uma alta de 11% no primeiro semestre de 2023. Em contrapartida, as plataformas de streaming como Netflix e Amazon Prime mostraram um declínio de quatro por cento no mesmo período.
Essas mudanças de audiência são ainda mais notáveis entre o público jovem. Apesar de historicamente serem mais inclinados a consumir conteúdo via streaming, os jovens também estão voltando parcialmente às emissoras tradicionais, que registraram um crescimento de sete por cento, enquanto os serviços de streaming apresentaram uma queda de dois por cento no mesmo grupo demográfico. Esse comportamento sugere que as emissoras tradicionais ainda têm um apelo significativo, mesmo entre as gerações mais jovens.
Os dados revelam também um aumento acentuado na audiência das plataformas BVOD. Medindo em minutos de visualização, o Channel 4 teve um aumento impressionante de 32%, seguido pela ITV com 25% e pela BBC com um aumento de 23%. O crescimento dessas emissoras contrasta com o desempenho de algumas plataformas de streaming. A Amazon Prime Video enfrentou uma diminuição de três por cento em sua audiência, enquanto a Netflix conseguiu resistir à tendência de queda global, registrando um aumento de seis por cento.
Esses dados cobrem o período do início de 2023 até 9 de junho e, portanto, não captam os hábitos de visualização mais recentes e os possíveis impactos de grandes eventos, como campeonatos esportivos internacionais. Mesmo assim, o ressurgimento das emissoras tradicionais é evidente.
Há muitas especulações sobre por que os telespectadores estão retornando às emissoras tradicionais. Essa tendência acontece em meio a uma crise no custo de vida, o que pode estar levando as pessoas a reavaliar seus gastos com serviços de streaming. Ao mesmo tempo, o lançamento de novas plataformas como a Freely, que reúne várias emissoras tradicionais do Reino Unido, pode estar oferecendo aos telespectadores uma nova forma de consumir conteúdo online, sem os altos custos associados a múltiplas assinaturas de streaming.
Embora os serviços de assinatura novos estejam demonstrando crescimento, as emissoras tradicionais estão conseguindo firmar seu lugar no competitivo mercado de entretenimento. Dados adicionais apresentados pela Barb no início deste mês mostram que um número recorde de lares agora tem acesso a pelo menos um desses serviços. A Netflix permanece a líder no mercado, com 58% dos lares tendo acesso à sua conta, embora esse número tenha caído um ponto percentual em relação ao período anterior.
Enquanto a Netflix lida com essa ligeira queda, outras plataformas de streaming menores, como Amazon Prime Video, Disney+ e Apple TV+, estão mostrando crescimento. No entanto, o Barb destacou que esses dados podem ter limitações, já que são baseados em amostras. Existem incertezas sobre se os entrevistados sabem exatamente quais assinaturas estão ativas em seus lares, especialmente aquelas pagas por terceiros.
Esses movimentos no mercado de mídia indicam que, embora as plataformas de streaming tenham revolucionado a forma como consumimos conteúdo, as emissoras tradicionais continuaram a evoluir e a encontrar maneiras de atrair os telespectadores. Com o desenvolvimento de plataformas próprias e a formação de alianças estratégicas para lançamentos como a Freely, essas emissoras estão se posicionando para competir diretamente com gigantes do streaming.
À medida que o mercado de entretenimento continua a evoluir, será interessante observar como as emissoras tradicionais e os serviços de streaming continuarão a se adaptar às mudanças nas preferências dos consumidores. As emissoras de TV tradicionais, com a sua longa história e recursos consideráveis, estão mostrando que ainda têm muito a oferecer, inclusive em um cenário dominado pela tecnologia e pelo consumo de mídia online.
Essa resiliência e adaptação rápida podem ser fundamentais para a sobrevivência e crescimento continuado das emissoras tradicionais de TV. Elas não apenas reconhecem a necessidade de competir num cenário digital, mas também estão alavancando suas forças, como a produção de conteúdo local de alta qualidade e a confiabilidade dos serviços, ganhando assim a preferência de muitos telespectadores.
Em última análise, a disputa entre as tradicionais emissoras de TV e as novas plataformas de streaming parece estar longe de ser decidida. À medida que ambas as partes ajustam suas estratégias para lidar com um público sempre em mudança, os beneficiários finais serão os telespectadores, que continuarão a ter mais opções e, potencialmente, acessando conteúdo de maior qualidade.